Diretores do Sindicato participaram na quinta-feira (6) de atividade em defesa do Banco do Brasil e de seus trabalhadores. O dia de mobilização esclareceu sobre a reestruturação anunciada pelo banco no início da semana e suas consequências, já que altera o plano de plano de carreiras e salários e pode inclusive levar à redução no valor da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) pago aos funcionários.
O prejuízo na PLR pode ocorrer porque, como é paga com base no valor de referência (VR) da gratificação e as mudanças anunciadas reduzem o VR, também a PLR será menor. A próxima parcela (que tem de ser efetuada até o final de março) ainda não sofre alterações, porque diz respeito ao semestre passado, mas a alteração passa a valer a partir deste ano.
A reestruturação também atinge o salário mensal. Com a alegação de aumentar as remunerações para evitar a perda de funcionários para outros bancos e empresas privadas, o BB instituiu bônus de até quatro salários por ano para quem cumprir metas. Em contrapartida vai reduzir os valores de referência das gratificações pagas aos funcionários.
De acordo com a Comissão de Empregados do BB as mudanças podem gerar perdas de até 15% da remuneração mensal dos funcionários, que são concursados, de carreira, e conquistaram o emprego por méritos próprios, enquanto aumentam os daqueles que foram nomeados pelo governo e da direção do banco, indicados pelo mercado. “É injusto porque reduz salários para a maioria e aumenta para uns poucos indicados pelo mercado. Isso é bom para quem?”, questiona o diretor sindical Otoni Lima.
A atividade desta quinta na região ocorreu em escritórios do Rudge Ramos, em São Bernardo, apresentando a avaliação do movimento sindical e ouvindo os bancários. Uma nova data de mobilização já está marcada para 12 de fevereiro, quando a ideia é usar preto para protestar, utilizando a hashtag #deformaBB.