No mês da mulher é possível fazer uma reflexão sobre a luta por igualdade entre homens e mulheres, que obteve importantes avanços ao longo da história, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca por uma sociedade igualitária e democrática.
As mulheres já foram proibidas de fazer muitas coisas. Nos dias de hoje as mulheres seguem se mobilizando para garantir que seus direitos sejam defendidos e mantidos. Mas existem muitas delas que não têm o conhecimento o que era a vida das mulheres antes de uma série de conquistas.
“A nossa luta por igualdade já passou por muitos obstáculos ao longo da história recente do nosso país. Muitas de nós, não podíamos fazer parte de um júri, por exemplo. Não podemos evoluir discriminando diferenças. Lutamos por direito iguais. Homens e mulheres devem caminhar lado a lado na construção de um mundo melhor”, destacou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.
Confira algumas coisas em que as mulheres eram proibidas de fazer:
Bancos negavam cartão de crédito para mulheres solteiras ou divorciadas
Na década de 70, as mulheres eram proibidas de ter cartão de crédito. Durante muitos anos, bancos negavam cartões de créditos ou abertura de contas para mulheres que fossem solteiras ou divorciadas. Muitas vezes elas tinham que levar um homem junto para assinar o contrato.
Mulheres não podiam trabalhar fora de casa
Por mais incrível que pareça, as mulheres casadas só podiam exercer trabalho remunerado caso o seu marido autorizasse, essa limitação foi estipulada em 1916, pelo código civil que surgiu para substituir a legislação portuguesa. Por outro lado, ela só foi banida no ano de 1962.
Não podiam fazer parte de um júri
Até o ano de 1975, diversos estados dos Estados Unidos não podiam convocar mulheres para fazer parte dos júris. Um júri popular geralmente é formado com o objetivo de retratar a opinião de diferentes pessoas e grupos de uma sociedade.
Mulheres não podiam votar, nem se candidatar
Até o ano de 1889, muitas pessoas eram excluídas do processo eleitoral brasileiro: menores de 21 anos, analfabetos, soldados, indígenas e mulheres. No Brasil as mulheres só passaram a votar após o ano de 1932, antes dessa data as mulheres não só eram proibidas de votar como consequentemente de se eleger.
Direito de frequentar escola e universidade
Foi no ano de 1827 que surgiu a primeira lei sobre a educação de mulheres, que a partir dessa data conquistaram o direito de frequentar o ensino básico. Vale lembrar que foi apenas em 1979 que esse direito se estendeu também ao ensino superior, permitindo desse modo, que as mulheres juntamente com os homens frequentassem uma universidade.
Não podiam utilizar trajes de banhos pequenos
Até os anos 20, as roupas que podiam ser utilizadas em locais como as praias públicas eram fiscalizadas, especialmente em relação ao tamanho. A principal preocupação de alguns governantes era não permitir que elas mostrassem demais do corpo. Existia até mesmo uma fita métrica que era utilizada para definir o quanto de perna poderia ser possível de ser mostrado por elas nas praias.
Elas não podiam jogar futebol, nem participar das olimpíadas
Muitas mulheres jogavam futebol durante a Primeira Guerra Mundial em países europeus, já que a guerra tinha levado muitos dos homens embora. Mas, a partir do ano de 1921, muitos países proibiram elas de praticar o esporte, com base em uma decisão do órgão Football Leagu, que declarou que o esporte era “inadequado” para o corpo feminino.
Apenas homens podiam praticar certos tipos de esportes e consequentemente participar de olimpíadas representando nosso país. Foi no ano de 1948 que a delegação de atletas foi composta por 11 mulheres e 68 homens que disputaram as olimpíadas em Londres.