A greve nacional dos bancários cresce em Rondônia em seu terceiro dia

Nesta quinta-feira, 8/9, o Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb-RO) registrou o número de 106, das 130 agências existentes no Estado, fechadas, e com uma forte participação dos trabalhadores nos locais de concentração da greve, o que representa um índice de 81% de adesão, número bem expressivo em relação aos 70% do primeiro dia da paralisação.

Essa é uma amostra da tendência da greve que é muito intensa em todo o país, e que já no seu primeiro dia, obrigou a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a chamar a categoria para uma nova rodada de negociações, que acontece nesta sexta-feira, 9, em São Paulo.

De acordo com a Contraf/CUT, entidade que reúne os sindicatos de bancários do país, foram 7.359 agências, centros administrativos, centrais de atendimento e Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC) fechados no primeiro dia.

A paralisação é resposta à proposta rebaixada dos bancos de 6,5% para reajustar salários, PLR, vales e auxílios, e abono de R$ 3 mil a ser pago em uma única vez, sem incidência em férias, 13º, FGTS, previdência. Todas as demais reivindicações, como proteção ao emprego, foram sumariamente negadas pela Fenaban, que representa o setor patronal.

"Esperamos que nesta sexta os bancos mudem sua postura intransigente e apresentem uma proposta salarial realmente decente, que valorize os trabalhadores, e também aceitem as demais reivindicações, como proteção ao emprego, mais contratações de funcionários, saúde, fim das pressões e assédio moral, mais saúde e mais segurança. Caso isso não aconteça, os bancários vão continuar de braços cruzados e intensificar o movimento, para mostrar ao setor patronal que esta é uma luta histórica, forte e justa. Não vamos recuar e aceitar a imposição de índices rebaixados e muito menos da famigerada política de abono, que é a essência da desvalorização do trabalhador", mencionou José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.

Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

 

 

 

 

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