Juvândia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo
Sob o tema “Rompendo Barreiras”, o 3º Congresso Mundial da UNI Sindicato Global (Union Network International, entidade sindical à qual é filiada a Contraf-CUT), que acontece desde terça-feira (9) em Nagasaki, Japão, discutiu nesta quarta-feira (10) a busca do desenvolvimento sindical como desafio aos trabalhadores do setor de serviços de todo o mundo. Também foi destaque do primeiro dia de atividades a aprovação por unanimidade da implantação da cota de 40% de gênero em todas as estruturas decisórias da UNI.
“O objetivo é fortalecimento da UNI para reforçar a luta dos trabalhadores”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, que participa do congresso ao lado de outros bancários do Brasil. “Precisamos organizar os trabalhadores internacionalmente para fazer frente à força das empresas num mundo globalizado”, explica.
Para Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, o primeiro dia de atividades foi extremamente produtivo. “A UNI está se preparando para o próximo período com um plano de ação sindical mundial para ‘Romper Barreiras’ e inserir o trabalhador no mundo globalizado dos direitos”, destaca.
Entre as principais ações que deverão ser tomadas pelos trabalhadores para cumprir os desafios será atuação para mudar e aportar uma dimensão mais forte nos processos globais e regionais de integração, nos marcos regulatórios, a fim de que o processo seja reconhecido. Os trabalhadores também foram convocados a lutar pela melhoria nas condições de trabalho e emprego nos setores organizados pela UNI com segurança social e justiça para todos.
Os participantes do congresso também apresentaram experiências em diversas áreas de atuação. No setor financeiro, a responsável foi a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Rede Sindical do Santander na UNI Américas Finanças, Rita Berlofa. Ela destacou o trabalho realizado de mobilização global entre os trabalhadores do Santander na busca pelo acordo marco global e a importância de mobilizar os bancários contras as práticas antissindicais do banco em vários países.
Como demonstração de que a UNI vem ‘Rompendo Barreiras’ para assegurar uma representação das mulheres em todos espaços da entidade global, foi aprovada a cota de 40% de gênero em todas as estruturas decisórias da UNI.
“A decisão é um avanço importante e que fortalece a participação política das mulheres em países do mundo todo”, afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvândia Leite, apoiou a decisão destacando que este é um mecanismo capaz de promover a igualdade de oportunidades. “No Brasil, a CUT já vem praticando a política de cotas há mais de 11 anos, o que possibilitou uma maior inserção das mulheres nos espaços sindicais e de poder”, destacou.
Também estão no Japão representando os bancários brasileiros Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT; Luiz Claudio Marcolino, presidente licenciado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, deputado estadual eleito e vice-presidente da UNI Finanças; Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio; Adriana Magalhães, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e presidenta do Comitê da Juventude da UNI; Neiva Ribeiro, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Denise Corrêa, diretora da Fetrafi-RS.