Diversos atos descentralizados por todo país organizados pela CUT, Contraf e sindicatos marcarão o 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador. A data, que completa 120 anos, se caracteriza desde a sua criação como uma data de luto e luta, de conquistas e reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade: a classe trabalhadora.
Os trabalhadores tomarão as ruas em defesa do emprego, renda e dos direitos, levantando a bandeira do desenvolvimento, da justiça e da solidariedade contra os que transformaram a economia do planeta em um gigantesco cassino financeiro.
“Nesse 1º de Maio os trabalhadores vão continuar e intensificar a luta pela manutenção dos empregos e direitos de todos, ameaçados pela crise financeira internacional”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Desde o início da crise o movimento sindical cutista está nas ruas para garantir que os trabalhadores não paguem a conta da crise global gerada nos Estados Unidos”, diz.
1° de Maio
O Dia Internacional do Trabalhador foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
A unidade é a chave da vitória
Para a CUT, Contraf e sindicatos é preciso enfrentar as demissões, reduzir urgentemente a taxa básica de juros e o elevado spread bancário, direcionando os recursos que ainda são drenados aos especuladores para o investimento público e produtivo, investir na reforma agrária e potencializar a agricultura familiar. Além disso, é preciso um Estado que atenda às necessidades do povo, com serviços ágeis, eficientes e de qualidade, o que só se garantirá com uma política de valorização dos servidores. O movimento sindical exige contrapartidas sociais para a liberação de recursos públicos a empresas, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, o fim à alta rotatividade da mão-de-obra com a ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe as demissões imotivadas.
Veja abaixo as principais reivindicações:
– Defesa do emprego e da renda, fim das dispensas imotivadas,
ratificação da Convenção 158 da OIT
– Corte nas altas taxas de juros
– Redução da jornada de trabalho sem redução de salário
– Reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar
– Investimento nas áreas sociais
– Valorização dos serviços e dos servidores