Neste nono dia de greve dos bancários, a adesão do movimento aumentou em Campo Grande e 100% das agências do Santander estão sem atendimento ao público.
Além de uma remuneração digna, os trabalhadores do banco privado pedem melhores condições de trabalho, com o fim das demissões e por mais contratações, o que melhoraria o atendimento à população e reduziria a sobrecarga de trabalho.
O Santander obteve lucro líquido de R$ 3,466 bilhões no primeiro semestre de 2016, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo apresentando este bom resultado, o banco cortou 1.368 postos de trabalho em 12 meses, sendo que 1.265 empregos foram extintos somente nos três primeiros meses do ano.
Negociação
Os bancários estão engrossando o movimento para pressionar a Federação Nacional dos Bancos. Em reunião nessa terça-feira (13), entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os bancos insistiram em defender a proposta de reajuste rebaixado de 7%, mais um abono de R$ 3.300, pago uma única vez e que não incide sobre férias, 13º, FGTS, previdência. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira (15), às 16h, em São Paulo.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,78% de correção da inflação. Além do aumento, a categoria pede: combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias; e auxílio educação.
Adesão
Neste nono dia, passou de 123 para 133 o número de agências fechadas em Campo Grande e em outros 27 municípios – adesão de 83%.