A 7ª Conferência Nacional dos Financiários começou nesta terça-feira (26), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. “Este evento significa mais uma etapa da Campanha Nacional 2024, que teve seu pontapé inicial com a Consulta Nacional, realizada de 11 a 23 de março”, declarou a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, na abertura do evento.
Os resultados da Consulta Nacional, inclusive, foram o tema da primeira mesa do evento. A economista Catia Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou as preferências da categoria para a campanha. Dos respondentes, 81,3% priorizam aumento real no salário, 72,5% escolheram reajuste diferenciado no VA e no VR e 62,1% responderam aumento da PLR. Cada respondente poderia responder até três questões.
Nas questões sociais, as três opções mais citadas foram manutenção de direitos (61%), igualdade de oportunidades (29,7%) e melhores condições de trabalho (27,5%). Para conquistar tudo isso, 91% dos trabalhadores que responderam a pesquisa acreditam que a responsabilidade é de todos os financiários e estão dispostos a: conversar com colegas de trabalho sobre as reivindicações da categoria (43,4%), participar de reuniões e assembleias (39,6%) e participar de protestos e manifestações virtuais, como tuitaços e campanhas por redes sociais (32,4%).
“A categoria precisa estar unida para que a gente consiga manter os direitos já estabelecidos na CCT e mostrar força para buscarmos novas conquistas, como a regulamentação do teletrabalho”, declarou o coordenador do Coletivo dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves.
Perfil da categoria
Cátia também apresentou o perfil da categoria, baseado na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os números mostram que em 2022, ano da última publicação da Rais, a categoria atingiu seu maior patamar histórico, com 8.381 trabalhadores. A distribuição entre sexo é equilibrada: 51% mulheres e 49% homens. A maioria dos trabalhadores (70%) possui entre 30 e 49 anos e ensino superior completo (87,7%).
“Aumentar a representatividade é essencial para fortalecer nossa voz coletiva e impulsionar nosso crescimento como categoria. Quanto mais unidos e diversificados formos, mais capacitados estaremos para enfrentar desafios, garantir nossos direitos e buscar novas conquistas que beneficiem a todos os financiários. É hora de nos unirmos e demonstrarmos nossa força para construirmos um futuro mais justo e próspero para cada um de nós”, analisou Jair Alves.