O 13º Congresso dos Bancários do Estado de Rondônia (Coban) realizado no último final de semana (29 e 30 de julho), em Ji-Paraná – o primeiro presencial após a pandemia de covid-19 –, reuniu centenas de bancários dos bancos públicos e privados e, após dois dias, definiu a pauta de reivindicação da categoria e os nomes dos delegados para a Conferência Nacional dos Bancários, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de agosto, em São Paulo (SP).
Gesica Capato Alencar (Bradesco), Keli Cristina Vieira (Banco do Brasil), José Toscano de Almeida (Itaú) e Paulo Pereira dos Santos (Bradesco) foram os delegados eleitos para participar da Conferência Nacional dos Bancários. Já Vinicius Lima Viana foi eleito como convidado observador.
Emprego, Saúde, Melhores Condições de Trabalho e Representatividade
Com o tema “Emprego, Saúde, Melhores Condições de Trabalho e Representatividade”, o 13º Coban contou com a participação da presidenta da CUT Rondônia, Elzilene Nascimento, e de lideranças do movimento sindical bancário no cenário nacional, como Eduardo Araújo de Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, e Mauro Salles, secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
“Quero parabenizar o Sindicato por este momento, que é de fortalecimento de luta. Só nós sabemos o que custa, sair de nossas casas, para estar aqui lutando por direitos e democracia que transformam vidas”, disse Elzilene Nascimento, que foi reeleita presidenta da CUT-Rondônia e tem agora, ao seu lado, os dirigentes do Seeb-RO Gesica Capato (Esportes e Lazer) e Edson Tavares (Saúde) na diretoria executiva da Central no estado.
“O que nos traz aqui, além da representação de outras entidades sindicais, é que este Sindicato de Rondônia é um exemplo que eu sempre menciono por onde ando, por ser um sindicato de base estadual que mantém a unidade, a democracia, a diversidade e continua na situação de não se dividir. Apesar de todas as adversidades, os bancários de Rondônia se mantêm unidos, com um alto índice de sindicalização e de organização”, mencionou Eduardo Araújo, presidente do Seeb-Brasília.
“É uma satisfação imensa estar aqui, e reafirmo que não é perda de tempo dedicar um sábado e um domingo a atividades como essa, pois o momento impõe a nossa organização e a nossa unidade. Muita mudança está acontecendo no mundo, com crise ambiental e social em todo planeta. Até mesmo uma guerra que afeta todos os países. Está acontecendo uma mudança profunda no modo de trabalhar dos bancários, no modelo de gestão e de negócios dos bancos. Está em transformação, com utilização intensiva da tecnologia e também se aproveitando da famigerada reforma trabalhista, que permite a terceirização em que pessoas fazem o mesmo trabalho dos bancários, mas ganham muito menos. Essas mudanças persistem e precisamos enfrentá-las, e Rondônia dá um exemplo importante neste enfrentamento, inclusive com a representação das cooperativas de crédito. É um desafio nosso unificar as categorias. Atualmente temos aproximadamente 450 mil bancários, mas tem 1,5 milhão trabalhando no sistema financeiro. Uma discrepância enorme. Outro desafio é pressionar o novo governo para que as instituições voltem a funcionar, que o Ministério do Trabalho volte a fiscalizar os ambientes de trabalho, que a Vigilância de Saúde do Trabalhador funcione, que a Previdência Social não prejudique os trabalhadores. Teremos que estar muito organizados e mobilizados para que os bancos não nos imponham retrocesso e, pelo contrário, que avancemos na nova conjuntura”, enfatizou Mauro Salles.
Para Ivone Colombo, por ser a primeira mulher eleita presidenta do Seeb-RO, e este ser o primeiro Congresso presencial após uma crise sanitária que causou perdas e sofrimento em todo o planeta, foi um momento de alegria e, sobretudo, de muita responsabilidade. “Estamos felizes por estar aqui, mas sabemos o que está acontecendo com a nossa categoria, que está adoecida. Isso é lamentável pois os lucros dos bancos continuam e ainda assim continuam fechando agências e postos de trabalho. Tivemos os encontros virtuais dos bancos públicos e privados, que confirmaram, infelizmente, essa realidade, com muitas demandas relacionadas à saúde dos bancários, com casos de bancários que são demitidos simplesmente porque estão doentes. A nossa maior preocupação hoje é o adoecimento da categoria e somente com a união dos bancários com o Sindicato, é que seremos fortes para continuar lutando contra este cenário pavoroso”, destacou Ivone.
Fonte: Seeb-RO