O 1º Encontro da Juventude Bancária de Santa Catarina, realizado pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no estado (Fetrafi-SC) nos dias 19 e 20 de novembro, debateu sobre “Tecnologia e Humanidade”. O evento, que tinha número reservado de vagas, contou com a participação de 20 jovens bancários filiados aos sindicatos da base da Fetrafi-SC, com até 30 anos de idade.
Para a secretária de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Bianca Garbelini, “o evento superou todas as expectativas. Ficamos impressionados com a disposição da juventude de interagir e trocar ideias. Sentimos que todos saíram do encontro dispostos a, de fato, construir o futuro do movimento sindical, seja nas direções, seja na própria base. Os jovens saíram com outra visão sobre o sindicato, sobre o que é e como funciona o movimento. A partir dessa atividade, é possível pinçar novos dirigentes e inspirar outras entidades a fazer o mesmo.”
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No primeiro momento da atividade, o palestrante de Tecnologia e Inovação, Tony Ventura, falou sobre os impactos da tecnologia para a juventude bancária e formas de usá-la como ferramenta facilitadora do trabalho cotidiano. “É preciso repensar o futuro do trabalho, do emprego usando novas tecnologias para melhorar os processos dentro do banco otimizando o trabalho. O principal conselho que deixo é que todos sejam curiosos e busquem recursos tecnológicos que facilitem suas vidas, tanto profissionais quanto pessoais.”
Chegar às bases
Em seguida, a youtuber Laura Sabino puxou o debate sobre “Espaços de organização e socialização da juventude. Ela explicou como as redes sociais são usadas para construir narrativas a partir da segmentação dos usuários usando o caso da Cambridge Analytica, empresa que analisou dados de usuários como forma estratégica de comunicação a serviço da campanha de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016.
Laura também destacou a importância de fortalecer o movimento sindical e trabalhar de forma coletiva usando as redes sociais como forma de se comunicar com os sindicalizados. “A solução tem que ser coletiva. Existe um motivo do sistema fazer com que uma página de sindicato tenha zero alcance e de nos fazer sentir medo de entrar numa luta coletiva. Como vamos produzir, em conjunto, um novo modelo em que as pessoas se sintam mais à vontade? A técnica do humor é muito boa! Telegram, Instagram e uma malha de grupos no Whatsapp. Só assim, conseguiremos replicar o algoritmo em massa. Precisamos pensar no WhatsApp como um modelo mais efetivo hoje de fazer panfletagem.”
O movimento sindical que queremos
No último dia do evento, o debate girou em torno de formas de se construir o futuro que queremos para o movimento sindical. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintrafi) de Florianópolis, Cleberson Pacheco Eichholz, afirmou que “o principal objetivo da atividade, que era debater a necessidade de rompermos com a lógica meritocrata e despertar nos participantes a sensação de que coletivamente eles são capazes de conquistar muito mais, foi atingido com sucesso.”
Fonte: Fetrafi-SC, com edições da Contraf-CUT