Sindicato de Curitiba e região completa 90 anos

Entidade tem trajetória de luta pelos direitos da categoria e em defesa de uma sociedade livre e democrática

O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região completou 90 anos na quarta-feira (6). Além de defender direitos e garantias de bancárias, bancários, financiárias e financiários, a entidade tem uma longa trajetória em defesa dos direitos sociais e da democracia.

O ex-presidente do Sindicato entre 2014 e 2020 e secretário Executivo de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão, diz que “a organização sempre esteve ao lado da democracia tão ameaçada nestes dias atuais, em que diminuíram os espaços democráticos, os direitos e a possibilidade de uma vida digna para as trabalhadoras e trabalhadores do ramo financeiro”.

Como destaca o presidente da CUT-Paraná, Marcio Kieller, “em suas nove décadas de história e ação política, a organização se transformou num importante instrumento de luta e de organização do coletivo da categoria bancária e financiária, e tem fornecido uma grande gama de lideranças para as mais diversas áreas do pensamento social e político do país”.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, homenageou a trajetória de luta da entidade durante a celebração dos seus 90 anos. Confira aqui o vídeo com a mensagem.

Resistência

O antigo Sindicato dos Bancários do Paraná foi fundado em 6 de julho de 1932. Com o crescimento do movimento sindical bancário no estado, essa instituição original foi desmembrada em várias outras, entre elas o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, estabelecido em 1959.

A partir do golpe militar de 1964, o Sindicato enfrentou o tempo de trevas, perseguições políticas e sociais, que durou mais de uma década, e manteve a importância estratégica na vida das bancárias e dos bancários, sem aceitar a condição de entidade assistencialista, um balcão de serviços para os associados, como então ocorreu com muitas entidades sindicais.

Com o processo de abertura, o sindicalismo do final dos anos 1970 se fortaleceu e integrou campanhas contra a fome, a inflação e a carestia, bem como outras, em defesa dos bancos estaduais, que sofriam desmonte, com uma política de privatização e redução do quadro de funcionários, para que fossem entregues aos bancos privados com suas carteiras lucrativas, porém sem a sua estrutura humana.

Em 1993, o Movimento de Oposição Bancária ganhou as eleições, com Roberto Antônio Von der Osten, o Betão, quando teve início uma nova fase de gestões, ligadas à CUT. Hoje, o órgão é presidido por Antônio Luiz Fermino, bancário da Caixa Econômica Federal.

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