A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) emitiu um comunicado na tarde desta sexta-feira (8) orientando os sindicatos de bancários de todo o país a realizarem plenárias com os empregados da Caixa Econômica Federal para socializar as informações sobre o debate que está sendo realizado entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e o banco sobre a proposta de manutenção e custeio do Saúde Caixa e as condições de trabalho no banco. A orientação é para que as plenárias ocorram nos dias 13 ou 14 (quarta ou quinta-feira).
Para a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT, as discussões são extremamente necessárias para explicar aos empregados como está o embate com a Caixa na defesa do plano de assistência à saúde.
“São assuntos urgentes. Precisamos defender o Saúde Caixa e a maneira mais efetiva é a mobilização de todos. Tivemos uma vitória recente e muito significativa, que foi a revogação da CGPAR 23. Mais uma vez precisamos do envolvimento e união de todos, ativos e aposentados, para defender nosso direito à saúde e ter um plano de qualidade, sustentável e viável para todos”, disse.
Fabiana lembrou que o tema já foi debatido durante o 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), ocorrido nos dias 6 e 7 de agosto de 2021 e, mais recentemente, no dia 29 de setembro, em uma reunião transmitida ao vivo pela Contraf-CUT e pela Federação Nacional das Associações da Caixa Econômica Federal (Fenae).
Premissas e modelo de custeio
A dirigente da Contraf-CUT também reforçou a necessidade de manutenção do modelo de custeio 70/30 (70% dos custos arcados pelo banco e 30% pelos empregados) e as premissas do Saúde Caixa – a solidariedade, o mutualismo e o pacto intergeracional – princípios fundamentais para manter o Saúde Caixa viável e justo para todos. Já a Caixa, segundo publicação sobre o plano de Saúde, sugere a individualização da mensalidade e a cobrança por faixa etária, como previa a derrotada Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 23).
“Sabemos que a conjuntura política é muito desfavorável aos trabalhadores e aos seus direitos, mas conhecemos a disponibilidade de luta e a efetividade da nossa unidade e resistência para impedir que a direção do banco torne o pagamento do plano inviável para a maioria dos trabalhadores”, ressaltou Sergio Takemoto, presidente Fenae.
Saúde Caixa para Todos
O médico e consultor da Contraf-CUT e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Albucacis Pereira de Castro, também alertou sobre a importância da manutenção das premissas de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo no Saúde Caixa.
“O plano de saúde é o benefício mais procurado por quem não tem emprego. Para quem tem, como é o caso dos empregados Caixa, a preocupação é sobre a rede de atendimento, reembolso, rapidez no atendimento, com uma visão personalizada. No entanto, é preciso enxergar um plano de saúde com uma visão humanista, para beneficiar a todos. Um plano de saúde tem que dar universalidade, integridade para todos, assim como é o SUS (Sistema único de Saúde)”, explicou o médico.
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