A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reforça a importância de os bancários responderem a pesquisa, feita em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp), sobre as sequelas da Covid-19 na categoria bancária. A pesquisa é respondida por bancários já acometidos pela doença e que em um questionário online descreverão sintomas e outros efeitos que tenham permanecido após a cura.
“A pesquisa é importante para sabermos como a Covid-19 afeta a categoria, mas também para fazer negociação com os bancos. No ano passado, fizemos negociação sobre teletrabalho a partir de uma pesquisa, que foi muito importante nas negociações”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional da categoria. A pesquisa feita pela Unicamp visa mapear a saúde do trabalhador e vai dar elementos para pensar a política de saúde para a categoria e a população. Os dados fornecidos pelos entrevistados serão todos protegidos.
Dez minutos
A pesquisa foca na categoria bancária, com um questionário que leva em média 10 minutos para ser respondido. “As pesquisas da Unicamp mostraram que há muitas sequelas. Mesmo nos casos leves, houve registro de sequelas cognitivas, cardíacas, renais. Isso está sendo estudado no mundo todo e vai impactar nas políticas públicas, na sociedade. Temos colegas que estão voltando a trabalhar sem as condições adequadas e com sequelas, que podem gerar problemas no trabalho”, alerta o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles.
O bancário que responde o questionário da pesquisa tem a segurança de que informações pessoais são preservadas. Somente dados totalizados é que serão divulgados. Basicamente serão levantados sintomas tanto na fase mais branda da doença como na mais rigorosa. Bancários que foram acometidos duas vezes pela Covid-19 também terão algumas perguntas para responder.
“A pesquisa é importante para a gente negociar. Pedimos empenho aos sindicatos. É mais uma fase na luta pela proteção da categoria bancária. A gente conta que bancárias e bancários procurem seus sindicatos para responder essa pesquisa. Eles autorizam a divulgação dos dados gerais. A proteção da identificação está garantida. A gente espera apresentar essa pesquisa na Conferência Nacional da nossa categoria. Vai ser um marco porque a partir da conferência, teremos a mesa de negociação”, afirma Juvandia Moreira.
Proteção da categoria
“É bom lembrar que as pessoas poderiam estar todas vacinadas nesse momento. Mas agora é o momento de pensar que na nossa categoria várias pessoas vão ter sequelas. É importante fazer essa reflexão, além de tudo que temos feito. O estudo sobre a Covid-19 e a proteção da categoria é o mais importante”, destaca Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e também coordenadora do Comando Nacional d@s Bancári@s.