Bancária é reintegrada ao Itaú em Campos dos Goytacazes (RJ)

Ela foi demitida em outubro do ano passado, com quase 18 anos de carreira no banco, que lhe causaram doença ocupacional (Ler/Dort)

Mais uma reintegração na base de Campos dos Goytacazes e Região (RJ). Na manhã desta terça-feira (8), a bancária Daniely Gonçalves voltou ao trabalho na agência do Itaú Guarus. Ela foi demitida em outubro do ano passado, com quase 18 anos de carreira no banco, que lhe causaram doença ocupacional (Ler/Dort), mas antes de recorrer ao Sindicato para lutar por seu direito e ter o emprego de volta, distribuiu o currículo para pelo menos 10 empresas e também se tornou empreendedora. A decisão de buscar a reintegração foi em abril deste ano.

Aos 41 anos, Daniely começou ainda no Unibanco como atendente de crédito. Quando foi demitida, ocupava o cargo de gerente operacional. Com um filho que havia acabado de completar um ano, solteira, dependendo apenas da pensão alimentícia do pai do bebê, chegou a procurar emprego e até passou por entrevistas, mas a crise financeira agravada pela pandemia, que afetou o mercado de trabalho brasileiro, passou a empreender para garantir seu sustento e do filho. Começou a vender cestas de café da manhã, vinho e gelo de sabor, e está disposta a continuar, conciliando com o trabalho no banco. “Não foi fácil passar por esses meses de insegurança, mas lutei muito e fui vencendo, até que procurei o Sindicato e o que recebi foi muito apoio e incentivo. Essa atenção toda deixa a gente mais tranquila, amparada, nos devolve o ânimo”, descreveu Daniely.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região, Rafanele Alves Pereira, ressalta que as reintegrações conquistadas pelo Sindicato demonstram a importância da representatividade da categoria, por meio de uma atuação forte da entidade na defesa dos direitos dos bancários e bancárias. “Os bancos privados têm sido insensíveis ao promoverem demissões em plena pandemia, inclusive descumprindo um acordo firmado na convenção coletiva do ano passado. Mas seguimos fortes e lutando por justiça para a categoria, que tanto tem se dedicado e se exposto neste momento difícil pelo qual passamos”, afirma Rafanele.

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