O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na pessoa do seu diretor e ex-presidente, Luiz Claudio Marcolino, que hoje é também vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), protocolou denúncias na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra a venda de ações na Oferta Pública Inicial (IPO – sigla em Inglês) da Caixa Seguridade por descumprimento de duas das instruções da CVM (539 e 400).
“A Caixa Econômica Federal comete crime quando, primeiro, cobra de forma abusiva de seus funcionários a venda de ações da IPO sem uma preparação e determinação de quem efetivamente poderia vender os papéis. Outro crime colocado também é oferecer as ações para 100% dos seus clientes, quando apenas 10% estariam qualificados para a compra, seja pela sua condição financeira, seja por sua perspectiva de investimento de médio e longo prazo. Existe um processo de má fé da Caixa. Tanto que nas nossas denúncias estamos responsabilizando o presidente do banco (Pedro Guimarães) por esse desrespeito aos trabalhadores e às normas da CVM”, explicou Marcolino.
“Nós queremos parar o processo de privatizações e desmonte que a Caixa está sofrendo. Entramos com essa representação para que a CVM tome uma posição, uma vez que o banco está irregular e cometendo um crime, atentando tanto contra seus trabalhadores quanto contra seus clientes”, acrescentou.
“Essa é mais uma ação na luta contra o desmonte da Caixa e também contra o desrespeito e assédio que a direção da empresa impõe aos seus empregados. Nosso papel é esse, defender a sociedade que acreditamos e seus trabalhadores. Brasil Seguro é Caixa Pública”, finalizou a secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.