A ex-presidenta Dilma Rousseff falou nesta quarta-feira (21) no segundo dia do 4º Congresso da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA). O encontro debate sobre o futuro da democracia frente aos desafios de cortes de direitos trabalhistas e ataques à organização sindical. Dilma fez uma saudação ao evento e denunciou a ampliação da miséria, da fome e desigualdades no Brasil no governo Bolsonaro.
A agudização da miséria, da exploração, aumento da pobreza familiar foram questões ressaltadas pela ex-presidenta. Dilma deu destaque nesse quadro de miséria para as mulheres negras, segmento discriminado e explorado da sociedade. Ela falou das empregadas domésticas mantidas nas casas dos patrões. Essa situação de trabalhos similares à escravidão, de acordo com a ex-presidenta, piorou após o golpe que a tirou da presidência. Dilma lembrou dos ataques a direitos dos trabalhadores que antecederam a pandemia.
Nos debates, houve intervenções de Vinicius Pinheiro, representante da OIT Américas; de Doerte Wollrad, pela Fundação Friedrich Ebert; de Lucas Vicentini , secretário-geral da European Trade Union Confederation ETUC CES, e Shoya Yoshida, secretário-geral da CSI Ásia Pacífico. Os participantes do debate enfatizaram a luta pela redução das desigualdades, a sustentabilidade das economias e a urgência de proteção social. As falas fizeram referências à liberdade de Lula e o desejo de que ele venha a governar o Brasil.
O congresso da CSA prossegue nesta quinta-feira (22), com encerramento previsto para sexta-feira (23).