O Sindicato dos Bancários de Criciúma e Região (SC) realizou na segunda-feira (28) ato de protesto contra as demissões que o banco Santander está promovendo, em plena pandemia. Com faixas e cartazes, os bancários se concentraram em frente à agência da avenida Centenário de Criciúma.
De maneira irônica, os cartazes diziam: “Nossos juros são menores que nossa crueldade”; “Demitimos bancários para melhor atendê-lo”; “Juro que demito!”; e “Demi$$ão aqui vale ouro”.
“Foram seis demissões no período de dois meses em Criciúma, sendo que existia um acordo do banco não demitir ninguém no período de pandemia”, disse a presidenta do sindicato, Dirceia de Mello Locatelli, ao lembrar do compromisso que o banco assumiu, em março, com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Comando Nacional dos Bancários, de que não promoveria demissões no período de crise de Covid-19.
Demissões pelo Santander
Os protestos realizados em Criciúma fazem parte de uma campanha nacional contra as demissões realizadas pelo banco. Na quinta-feira (24), sindicatos de bancários de todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta para denunciar as demissões realizadas pelo banco. Na quinta-feira, além das atividades em frente às agências e departamentos do banco, ocorreram ações nas redes sociais, com as hashtag #SantanderPareAsDemissões e #SantanderNãoTerceirize.
“O Santander serve de mau exemplo para outros bancos. Não bastasse as demissões pelo não cumprimento de metas, em plena pandemia, agora o banco passou a demitir gestantes e departamentos inteiros estão sendo substituídos por terceirizados”, informou na ocasião o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia.
Outros bancos
“Outros bancos já começaram a seguir o mau exemplo do Santander. Todos os trabalhadores da categoria são afetados pela ‘fúria espanhola’. Temos que unir todos os bancários e bancárias para barrar estas medidas e evitar que elas se generalizem”, afirmou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT.
Seguindo o exemplo do Santander, os bancos Itaú e Mercantil do Brasil também começaram a demitir funcionários. Ambos também haviam assumido o compromisso de não promoverem demissões durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Os sindicatos também realizam campanha contra as demissões realizadas pelos outros bancos.