Funcionários do BNB definem prioridades para Campanha Nacional 2020

Durante os dias 10 e 11 de julho, cerca de 70 delegados e delegadas participaram do 26º Congresso Nacional dos Funcionários do BNB. Devido à pandemia do novo coronavírus, o evento foi realizado, pela primeira vez, de forma totalmente virtual.

A abertura aconteceu de forma conjunta, para todos os congressos de bancos públicos (BB, CEF, BNB e Basa), na sexta-feira, dia 10 de julho, sob a coordenação da Contraf-CUT. “Esse momento de pandemia não vai impedir nossa mobilização, principalmente diante de um governo que prioriza a retirada de direitos dos trabalhadores. A defesa dos bancos públicos, que são fundamentais, para o desenvolvimento do país e para a diminuição das desigualdades, será uma das nossas prioridades para 2020”, disse Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT, durante a abertura, que teve ainda a participação do professor e economista Luiz Gonzaga Belluzo, que destacou o importante papel dos bancos oficiais na implantação de políticas públicas durante a pandemia, mostrando que eles serão fundamentais também na retomada da economia.

O Congresso Nacional dos Funcionários do BNB continuou no sábado, 11/7, por videoconferência, para deliberar sobre as prioridades do funcionalismo para a Campanha Nacional 2020. Participaram neste dia, além dos representantes de todas as entidades que compõem a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), o diretor de Administração do BNB, Haroldo Maia e do superintendente de Desenvolvimento Humano do Banco, Marcos Marinelli, que ressaltaram a importância da defesa do BNB como banco público que atua para diminuir as desigualdades na região. A presidenta da AFBNB, Rita Josina, e o Conselheiro Representante dos Funcionários do BNB, Rhéberny Oliveira, estiveram no evento e ressaltaram a necessidade de fortalecimento do Banco e valorização dos funcionários.

Em seguida, foram realizados dois painéis. A economista do Dieese Catia Uehara, fez uma breve análise do balanço do BNB, destacando a atuação do Banco no mircrocrédito e na agricultura familiar e criticou a proposta de alguns parlamentares em tentar distribuir os recursos do FNE para outros setores, o que limitaria a atuação do BNB. Ela ressaltou ainda a importância de defender os bancos públicos, que atuam minimizando a desigualdade e onde os bancos privados não têm interesse de atuar.

O secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, falou no segundo painel, sobre os desafios da Campanha Nacional 2020. Ele destacou a importância das negociações entre o Comitê de Crise criado com a Fenaban, para debater as demandas dos bancários durante a pandemia e que essa organização e mobilização devem continuar durante a Campanha deste ano. Ele destacou ainda que a ultratividade dos acordos coletivos foi vetada por Bolsonaro ao sancionar a MP 936, aprovada com esse item no Congresso. “Tudo que depender de uma canetada do presidente da República, nós podemos esperar sempre o pior, porque é prioridade desse governo retirar direitos da classe trabalhadora”, disse. E completa: “dessa forma, temos de buscar a negociação para que possamos garantir nossos direitos até o dia 31/8. Esta é a nossa prioridade”, concluiu.

“Os bancos públicos estão sobre constantes ameaças nesse governo Bolsonaro. Nós sofremos isso sempre no BNB, que é fundamental para o desenvolvimento da nossa região. O governo quer esvaziar o BNB e nós não podemos deixar que isso aconteça, assim como não permitiremos a privatização do BB e o esvaziamento da Caixa, bancos que tanto prezam e se dedicam ao seu papel de desenvolvimento da nossa nação. Precisamos manter a nossa mobilização, mesmo à distância”, afirmou o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, Tomaz de Aquino.

Ao final do Encontro, os delegados aprovaram a recomendação de VOTO NÃO para reforma estatutária da Camed e uma nota em defesa do BNB e do Nordeste, além da Minuta Específica de Reivindicações para o exercício 2020/2021, que apresenta como novidades os artigos a seguir:

  • Manutenção do atual acordo, acrescentado das novas cláusulas negociadas;
  • Defesa da mesa única de negociação;
  • Pagamento de vale transportes em caso de restrição dos transportes públicos;
  • Abono das horas não trabalhadas durante a pandemia;
  • Comitê de crise sobre Covid 19, com participação das entidades representativas;
  • Debate com o Banco sobre a questão do teletrabalho;
  • CrediAmigo e AgroAmigo sob coordenação dos funcionários concursados;
  • Atividades laborais que foram suspensas devem retornar de imediato no pós-pandemia.

Fonte: SEEB/CE

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