Os
governos municipais e estaduais também podem ajudar com as filas nas portas das
agências da Caixa por todo o Brasil. As filas são fruto da falta de planejamento
do governo federal, que centralizou o cadastro e o pagamento do auxílio
emergencial somente no banco público. “Para piorar, isso acontece ao mesmo
tempo em que, tanto a Caixa quanto a Dataprev, estavam sendo sucateadas para
posterior privatização”, lembrou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da
Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco.
Nesta segunda-feira (11), novas cidades começaram a atender as orientações da
Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e deu resultado. Um exemplo é
que algumas prefeituras do país começaram a instalar toldos e cadeiras em
frente às agências, além de funcionários da prefeitura, Guardas Civis
Municipais (GCM), Bombeiros ou Policiais Militares (PMs) para ajudarem na
orientação e organização das filas.
“Os empregados da Caixa prestam um atendimento essencial à sociedade. O
movimento sindical já cobrou dos bancos EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual), protetores acrílicos nas agências para diminuir os índices de
contaminação, entre outras coisas. Porém, da porta para fora, os problemas
causados pela concentração do pagamento do auxílio são intensificados pela
falta de informações e falhas no sistema para o recebimento do auxílio. E,
neste momento, todos devem ajudar, inclusive para dar um bom suporte para a
população”, afirmou Fabiana.
Para Sérgio Takemoto, presidente da Fenae e secretário de Finanças da
Contraf-CUT, a situação poderia estar muito melhor. “Infelizmente ainda são
iniciativas isoladas, sem uma coordenação do governo federal, o que – com
certeza – poderia melhorar o desempenho dessas ações e ajudaria em muito todas
as pessoas que necessitam do auxílio e a todos os empregados que estão na linha
de frente do atendimento. Mas, o governo tem deixado claro que a saúde da
população não é sua prioridade.”