Os bancários de Teresina (PI) se manifestaram nesta terça-feira (5) para dizer “basta” à postura do Banco do Brasil que, de forma arbitrária, está transferindo funcionários para longe de seus lares e convívio familiar. Trata-se da remoção compulsória, que está tirando o sono de vários bancários que têm 30 e até 35 anos de banco.
A mobilização, realizada em frente à Superintendência do BB em Teresina, foi uma iniciativa do Sindicato dos Bancários do Piauí como forma de alertar à população sobre o que está acontecendo e dar visibilidade ao Ministério Público do Trabalho sobre este assunto tão delicado.
O vice-presidente do sindicato, Gilberto Machado, fez questão de esclarecer aos clientes sobre o motivo da manifestação na porta do banco. “Isso tem causado o adoecimento de muitos bancários que têm família, casa própria ou alugada, e se são obrigados a se mudarem para 100 e até 200 quilômetros de distância por determinação do banco”, lamentou.
O sindicalista ressaltou que este tipo de atitude mostra que a empresa não respeita e tampouco ouve o funcionário para saber se ele quer ser transferido. “A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é uma organização poderosa contra os trabalhadores e clientes dos bancos. Por isso, estamos aqui para dar um basta de dizer não à atitude do BB”, acrescentou Gilberto, defendendo que os funcionários permaneçam nas agências onde trabalham.
Já o diretor financeiro do sindicato-PI, Arimatéa Passos, disse estar solidário com os bancários que estão sendo removidos de forma arbitrária pelo BB. “Não se justifica essa postura de um banco que vem tendo lucros absurdos. O banco tem que ser voltado para o povo que o sustenta, tendo que respeitar seus empregados”, disse.
Arimatéa ponderou, ainda, que as agências bancárias estão lotadas de clientes que, por sua vez, merecem um atendimento digno, sem ter que esperar por horas em uma fila. “Não se admite a remoção compulsória desse jeito. Isso é um desrespeito ao trabalhador e certamente vai refletir no atendimento. Nós condenamos essa prática e vamos até as últimas consequências para manter os funcionários em seus locais de trabalho”, disse.
Em seu discurso, Arimatéa afirmou que esse é momento de lutar e dizer não. “Estamos provocando a direção do banco para que ela reveja essa postura de remover os funcionários compulsoriamente, pois mostra insensibilidade do banco com seus funcionários”, finalizou.
Fonte: SEEBF-PI