“Cadê a agência que estava aqui?”. Esta indagação deu o tom do Ato de Protesto realizado pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e pela Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul Fetrafi-RS na manhã desta sexta-feira (12), em frente ao Itaú situado na Rua Sete de Setembro, 1073, Centro Histórico de Porto Alegre, contra o fechamento de quatro agências da instituição financeira na cidade, a partir de maio próximo.
“São dezenas de funcionários atingidos e mais de mil clientes prejudicados com esta medida”, disse o diretor sindical e funcionário do Itaú Eduardo “Dudu” Munhoz. Também do Itaú, o dirigente do SindBancários.
Também do Itaú, o dirigente do SindBancários Sandro Rodrigues esclareceu a quem passava pelas ruas do Centro de Porto Alegre, aos clientes que procuravam a agência: “Estamos levando nossa indignação à direção do banco, que criou este problema sem discutir com as entidades representantes de funcionários e preocupada apenas em aumentar seus lucros às custas da maior exploração e do bem-estar dos bancários”, afirmou o diretor do SindBancários e funcionário do Itaú.
Prejuízos e incômodos aos bancários
Na verdade, nos últimos dias os funcionários das agências
Mostardeiro, São Pedro, Shopping Canoas e Bourbon Country foram avisados
discretamente de que os quatro locais serão fechados a partir de maio. “Além de
causar incômodos aos clientes, a medida joga no colo dos bancários problemas
como a realocação para outras agências, adaptação de funções, novos
deslocamentos e horários e prejuízos aos seus compromissos pessoais e
familiares”, destacou Sandro.
Durante o ato da manhã da sexta, os sindicalistas informavam aos passantes e
clientes que entravam na agência da Sete de Setembro o motivo do protesto.
Muita gente se surpreendia ao saber que novos bancários – e clientes – estavam
sendo deslocados para outros endereços de trabalho, em gesto de total
desrespeito da direção do Itaú.
O diretor do SindBancários e também funcionário, Antonio Augusto Borges de
Borges, explicava que só a ganância dos banqueiros poderia justificar esta
medida: “Somente as tarifas de serviços e taxas cobradas pelo Itaú dos clientes
já dão conta de pagar os salários de seus funcionários em todo o Brasil por
duas vezes a cada mês!”, detalhou.
Confusão e acúmulo de trabalho
A diretora de Saúde e Condições de Trabalho do SindBancários, Jamile de Moares Chamun, também empregada do Itaú, disse que colegas que atuavam na agência situada na Esquina Democrática, fechada recentemente, foi realocada para a Sete de Setembro, assim como clientes e correntistas. “Estes realocamentos sempre causam alguma confusão e acúmulo de trabalho”, revelou a diretora.
Contra demissões injustificadas
“Estas decisões de cima para baixo, tomadas pelo Itaú e
outros bancos, estão inseridas no quadro de precarização e ataque aos direitos
trabalhistas, promovido pelo desgoverno de Jair Bolsonaro e incentivado desde a
campanha eleitoral”, reforçou Sandro Rodrigues.
“Mas não vamos aceitar este desmanche e nem demissões injustificadas! Somos um
sindicato de luta e o banco vai ter que levar em conta o lado dos
trabalhadores”, garantiu o diretor de Políticas Sociais e Cidadania do
SindBancários.
Fonte: Imprensa SindBancários