A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza, nesta sexta-feira (12), em Brasília, a mesa de negociação permanente com a Caixa Econômica Federal. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores, estão as explicações sobre o resultado do balanço de 2018; a posição da Caixa sobre a retirada da representação do banco no Conselho Curador do FGTS; mais transparência no Saúde Caixa; contratação de mais empregados e apresentação do modelo de implementação de intervalo de 30 minutos para descanso na jornada de 6 horas – neste caso os representantes dos trabalhadores reiteram a reivindicação dos empregados de que seja optativo (quando não houver hora extra) fazer 15 ou 30 minutos de intervalos.
“É importante lembrar que esta extensão do intervalo é uma conquista importante para os trabalhadores, visto que em muitas agências da Caixa, os empregados não têm conseguido parar nem 15 minutos e que não garantiam o repouso”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. Para ele, trata-se de uma conquista importante para a saúde dos trabalhadores o acréscimo de mais 15 minutos. “O ideal seria que a Caixa tornasse este intervalo estendido como uma opção, nas unidades onde os trabalhadores têm outras condições de trabalho e que podem optar pela manutenção dos 15 minutos”, defendeu o dirigente sindical.
Para a dirigente e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com a Caixa, Fabiana Proscholdt, a mesa permanente de negociação com a Caixa é de extrema importância neste momento, principalmente no atual cenário político em que se encontra o país. “Com todo o cenário de ataque e fragilização da Caixa e dos empregados da instituição, é importante reforçarmos a mesa permanente de negociação. Queremos avançar nos debates internos para promover um ambiente com boas condições de trabalho. Temos muitas pautas pendentes e outras a serem debatidas”, ressaltou.
Contratação
Ainda segundo Dionísio, a CEE/Caixa voltará a reivindicar a contratação de mais empregados e cobrar posicionamento da empresa sobre o fechamento de agências. “A exigência pela imediata contratação de empregados é uma forma de combater a sobrecarga e o recorrente adoecimento dos trabalhadores. Atualmente, muitos estão trabalhando sem descanso e sem fazer refeição nas agências pelo país afora”, destacou o dirigente.
Sem explicações
Também na mesa de negociação permanente desta sexta-feira, a CEE/Caixa cobrará o posicionamento do banco sobre o motivo da retirada da representação da Caixa no Conselho Curador do FGTS.
Os representantes dos trabalhadores também vão cobrar esclarecimentos sobre o prejuízo registrado quarto trimestre de 2018 e os impactos no que estava projetado no balanço e no reconhecimento dos trabalhadores.
A CEE/Caixa cobra mais transparência nas informações e reitera o ofício de nº 01618, entregue à Caixa em 19/03/2018, requerendo que a instituição cumpra: a apresentação de relatório atuarial e balancetes mensais do exercício de 2017; a identificação do valor total do superávit e respectiva discussão da destinação do mesmo; a aplicação correta da regra de remuneração, pela taxa Selic, sobre os valores do Fundo de Reserva de Contingência; a apresentação dos relatórios financeiros mensais e anuais para possibilitar a efetiva atuação do Conselho de Usuários do Saúde Caixa; a apresentação dos resultados da pesquisa anual de atendimento e satisfação dos usuários do plano, e, por fim, a implementação de um canal oficial e centralizado de comunicação com os conselheiros representantes dos empregados.
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Fonte: Contraf-CUT