Tomou posse na última segunda-feira (25) o delegado Daniel Rosa, novo chefe da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro, responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista que a acompanhava, Anderson Gomes, cometido no dia 14 de março do ano passado. Rosa assume o lugar de Ginilton Lages, que até então conduzia a elucidação do crime político, sob a justificativa de dar prosseguimento à segunda fase da investigação que busca os mandantes e a motivação dos assassinatos.
A substituição é criticada pelo sociólogo José Cláudio Souza, professor da Universidade Federal Rural Fluminense (UFRRJ), que, em entrevista ao Seu Jornal, da TVT, vê a mudança como uma “prova do poder da milícia”. “Um outro delegado entra, o que vai fazer com que muita coisa se altere, seja apagada, protelada, escondida sob o manto da necessidade de tempo dele (delegado) para se colocar nessa investigação. Então é mais um degrau, mais um obstáculo e barreira colocados, efetivamente, sem termos informações consistentes sobre toda essa estrutura que, a meu ver, sempre foi vinculada à milícia”, avalia o docente.
Ainda nesta semana, a Marinha tem feito buscas no mar da Barra da Tijuca para tentar localizar a submetralhadora usada nos assassinatos pelo policial militar reformado, acusado como executor de Marielle Franco, Ronnie Lessa. Segundo uma testemunha, a arma teria sido jogada perto das Ilhas Tijucas após a data dos assassinatos.
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