Mulheres de movimentos sindicais e sociais se reúnem em Curitiba na luta por Lula Livre

Neste 21 de março, dia internacional contra a discriminação racial mulheres denunciam que as negras são as maiores vítimas de feminicídio no Brasil

Neste 21 de março, em Curitiba, trabalhadoras de diversos setores do país, representantes de partidos políticos e movimentos sociais intensificam a luta por Lula Livre. Milhares delas se unem em Curitiba pela liberdade de Lula e por um país mais democrático, soberano e livre.

“Nós estamos vivendo um país de atrocidades, de preconceitos, da disseminação do ódio, da intolerância e da violência, principalmente contra as mulheres, e lutar pela liberdade de Lula é lutar pelos direitos dos que mais precisam, é lutar por um país livre das injustiças, do autoritarismo e da desigualdade de gênero, social e econômica, que se intensifica a cada dia. Lula vale a luta!”, destacou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Para a secretária de Políticas Sociais da Fetec-SP, Maria de Lourdes – Malu, participar da caravana Lula Livra significa deixar a marca da resistência feminina registrada. “Nós mulheres estamos muito preocupadas com toda a conjuntura política e econômica que estamos passando no Brasil e temos a certeza que esta luta nos levará ao contexto de um país melhor e mais digno”, disse Malu.

Lula Livre, por um Brasil mais democrático e soberano

A prisão de Lula, que já movimentou o mundo inteiro, é classificada como a maior arbitrariedade que a justiça já cometeu. A operação Lava Jato, que não conseguiu comprovar um único ato ilícito cometido pelo ex-presidente durante os seus oito anos de mandato. E que por isso foi preciso criar uma “ficção jurídica”, condenando-o por um “ato de ofício indeterminado”. O que não resta dúvidas de que Lula é um preso político.

Indicado ao Prêmio Nobel da Paz, mulheres do Brasil e do mundo lutam com resistência pela sua liberdade. Sendo uma das principais causas da luta das mulheres, Lula foi imprescindível nas principais conquistas das lutas femininas. Em treze anos de governo, Lula e Dilma Rousseff criaram políticas que transformaram a vida de mulheres em todo o país. Da educação à agricultura familiar.

Lula criou a secretaria de Política para mulheres, deu crédito para as trabalhadoras da agricultura familiar, possibilitou o sonho da casa própria e viabilizou a luta contra a violência contra mulher, com o disque denúncia 180, entre outros importantes avanços.

Mulheres negras são as maiores vítimas de feminicídio no Brasil

As mulheres negras no Brasil são o segmento da população onde se concentra o maior número de feminicídios, além de ser também aquele que mais sofre com a violência doméstica e obstétrica.

Neste dia 21 de março, dia internacional contra a discriminação racial, é importante lembrar que o racismo e a discriminação são fatores que aumentam assustadoramente nestes últimos anos no Brasil.

“Se a mulher hoje sofre discriminação nos locais de trabalho, as mulheres negras sofrem dupla discriminação. Temos que fortalecer a luta pela igualdade de oportunidades”, ressaltou Elaine.

Dados apontam que a violência doméstica atinge mais as mulheres negras, representando 58% das ligações ao Disque 180. Também são observados o número de assassinato de quilombolas que cresceu aproximadamente 350% entre 2016 e 2017 e esses casos não são investigados. Nos últimos 10 anos, segundo ela, o ano de 2017 foi o mais violento para as comunidades quilombolas de todo o Brasil.

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