No Dia Nacional de Luta contra descomissionamentos de funcionários no Banco do Brasil, realizado nesta quinta-feira (14/02), diretores do Sindicato e trabalhadores do banco protestaram intensamente em agências e unidades de Alagoas, repudiando os cortes arbitrários de funções e salário, que desrespeitam o quadro funcional e o acordo coletivo de trabalho. O clima nas unidades é de apreensão e indignação, com forte reação dos funcionários.
Um dos principais alvos das manifestações nesta quinta-feira foi o prédio central do BB, onde funciona a superintendência. O Sindicato alertou aos empregados que os descomissionamentos sem avaliação de desempenho, ou com menos de três ciclos de avaliação, como proíbe o acordo coletivo, vem no bojo da política de desmonte do BB, que se tornou muito mais agressiva no atual governo.
“É para desmantelar o banco, seu quadro funcional, sua estrutura e seu caráter público. Outras medidas nesse contexto também estão por vir. Daí a necessidade de todos os funcionários se unirem, solidarizar-se com quem foi descomissionado e prontamente reagir. Indignar-se, apenas, não é suficiente”, disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos.
Segundo ele, apesar dos descomisionamentos arbitrários virem ocorrendo mais nas regiões sul e sudeste, nada garante que o banco deixará de realiza-los no restante do país, inclusive em Alagoas. Casos isolados já começaram a ser denunciados por funcionários na manifestação desta quinta-feira. “Não pense que não acontecerá aqui nem com você. A hora é de dar a mão ao colega atingido, juntar-se ao Sindicato e reagir”, acrescentou.
Durante as manifestações em Maceió foi distribuído o informativo da Comissão de Empresa dos Funcionários (O ESPELHO), que trata da nova onda de descomissionamentos utilizando-se de forma perversa o programa de Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP). “Agora, para retirar o cargo dos funcionários, basta uma nota abaixo da média vinda do superior”, diz o boletim.