Aumentou a adesão dos bancários no segundo dia da greve nacional da categoria, no Rio. No Centro, as poucas agências que funcionaram na última quarta-feira, dia 8, estiveram fechadas hoje (9). “Hoje podemos afirmar, sem medo de errar, que no Centro da Cidade tivemos literalmente, uma adesão de 100%”, garante o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Carlos Maurício. São mais de 200 unidades fechadas. Nas Zona Sul e Norte, a adesão ultrapassa a 85%. Somente na Zona Oeste, o percentual de paralisação é o mesmo de ontem, dia 8.
Os setores administrativos dos bancos também não funcionaram. No departamento de telemarketing (Call Center) do ABN Real, a adesão foi total, assim como a matriz do Bradesco no Rio.
Segundo avaliação da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), já são mais de 400 mil trabalhadores em todo o país. Só nas capitais e grandes cidades, mais de três mil unidades bancárias não funcionaram.
As reivindicações
Os bancos ofereceram um reajuste de 7,5% sobre todas as verbas salariais, inclusive a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O índice representa um ganho real de apenas 0,35% em relação à inflação do período que foi de 7,15%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os bancários defendem 13,23% de reajuste e um aumento real mínimo de 5%, além da valorização dos pisos salariais, fim das metas abusivas e do assédio moral. Os trabalhadores querem ainda um novo modelo de PLR, de três salários mais R$3.500 (sem limitador e sem teto). A categoria defende também R$17 de tíquete-refeição por dia e um auxílio-alimentação de R$415 (valor de um salário mínimo). Como a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nova proposta, bancários de todo o Brasil aprovaram, em assembléias, greve por tempo indeterminado. A paralisação começou na última quarta-feira, dia 8.
Nova assembléia hoje
Hoje, os bancários do Rio realizam nova assembléia, no auditório do Sindicato (Av. Presidente Vargas, 502, 21º andar, Centro) para avaliação e organização do movimento grevista. O encontro começa às 18 horas.
