(São Paulo) Ao final do seminário sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Papel do Sistema Financeiro Nacional, realizado nesta terça pela Contraf, os representantes dos trabalhadores do Ramo Financeiro debateram uma série de pontos que será encaminhada como propostas para a CUT. O presidente da Central, Artur Henrique, participou das discussões.
“Esta é a principal parte do seminário, quando pudemos desenhar a nossa proposta para o crescimento do país. O PAC está aberto para discussão e não podemos perder a chance de colocar nossas bandeiras históricas de luta neste momento em que o crescimento está
Entre os pontos defendidos pela Contraf-CUT para a construção de um sistema financeiro que contribua para o desenvolvimento do país estão a redução drástica do spread e das tarifas bancárias e a ampliação e direcionamento do crédito, voltado para a geração de emprego e a distribuição de renda.
Outra preocupação dos bancários é com o papel do Banco Central. Os trabalhadores querem que o Bacen tenha metas de crescimento para o país, geração de emprego e controle dos preços. Também defendem que o Banco Central esteja alinhado com as políticas do governo federal para que o PAC tenha sucesso.
“Logo após o lançamento do PAC, o Copom se reuniu e baixou a taxa básica de juros em 0,25%, a metade do que todos esperavam. Com isto, o Bacen trabalha contra o PAC. Há anos o movimento sindical bancário tem estudado o papel do Banco Central e defendido um comprometimento maior do órgão com o governo. Por isso somos contra a autonomia total do Bacen”, comenta Cordeiro.
A Contraf-CUT também quer a democratização do Conselho Monetário Nacional, para que os trabalhadores tenham assento e possam influenciar nas decisões.
O presidente da CUT, Artur Henrique, destacou a importância do Seminário organizado pela Contraf. “A CUT vai realizar um seminário nacional para discutir uma proposta para o crescimento do país. É importante que antes deste seminário nacional, os ramos organizados da CUT discutam internamente e nos tragam suas propostas”, comentou.
Segundo ele, os trabalhadores precisam aproveitar que o desenvolvimento do país está em pauta, com o PAC, para que a CUT coloque nos debates “a sociedade que queremos”. Artur também destacou que outras categorias estão fazendo esta discussão e que, invariavelmente, o papel dos bancos está sempre em pauta.
Fonte: Contraf-CUT