(São Paulo) As projeções dão conta que o crescimento do lucro do Itaú de 2005 para 2006 seja, no mínimo, de 16%, superando os R$ 6 bilhões. Mesmo assim, o banco desrespeita processo de negociação e insiste em pagar PLR menor do que do ano passado.
Pela proposta dos trabalhadores, caso o crescimento do lucro de 16% também incidisse sobre o montante pago de PLR em 2005 (R$ 2.550), além dos dois salários – cada funcionário receberia R$ 2.958, acima dos dois salários. No entanto, o Itaú deve pagar menos de R$ 500, além do valor adicional. Mesmo assim, esses “R$ 500” ainda estariam condicionados a algumas premissas, que variam entre 80%, 100% e 120%, como por exemplo para o cumprimento de metas, elevação do lucro líquido, índice de eficiência e reclamações no Bacen (Banco Central).
“Quando o banco fez a proposta, em meados de 2006, já sabia que muitas das metas não seriam atingidas. O Itaú, por exemplo, já figurava no ranking do BC por três meses e a meta era figurar apenas em um mês no ano”, afirma o presidente do Sindicato de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.
Os trabalhadores não concordaram com a proposta do banco, questionou os indicadores e propôs valor maior, passando a intensificar o processo de negociação e de pressão. A campanha do “Jabaculê” apresentou resultados positivos e as negociações avançaram com o banco aceitando a revisão de alguns critérios e a ampliação dos valores.
“Na semana passada, no entanto, o processo foi interrompido de forma unilateral e até agora o vice-presidente de RH do banco não deu qualquer retorno. O que nos leva a crer que a empresa recuou do processo negocial e quer manter sua proposta original para pagar menos do que em 2005”, acrescenta Marcolino.
Fonte: SEEB SP