(São Paulo) A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pressionou e a Caixa Econômica Federal agendou para o próximo dia 18 uma reunião de negociação para discutir a questão dos dias parados na última greve. O encontro nesta data foi solicitado pelos bancários porque as negociações permanentes foram interrompidas após as mudanças na direção da empresa. Com isso, a Caixa solicitou adiamento da reunião marcada para o dia 27 de março.
“Além de não retomar as negociações, a Caixa ainda decidiu unilateralmente que seus empregados deveriam compensar as horas não trabalhadas na proporção de uma para uma, quando havia o compromisso de negociarmos essa questão. A decisão da empresa foi um desrespeito ao processo de negociação e ao conjunto dos empregados. Desde o final de abril estamos pedindo a reabertura das negociação e, durante esta semana, tivemos que pressionar para a Caixa marcar a data”, explicou Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE).
O sindicalista afirma que, além da compensação das horas não trabalhadas, a CEE também quer debater outras questões específicas dos empregados, como a readmissão de todos os demitidos pelo RH008, o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e avaliação da implantação do Caixa/PV. “Vamos aproveitar a reunião para negociar esses e outros temas que a Caixa está nos devendo respostas”, comentou.
O caso dos dias parados
Segundo a CI SUPES/GERET 077/06, os dias parados durante a greve de 2005 deveriam ser compensados até 31 de agosto, na proporção de uma hora reposta para cada hora não trabalhada. Embora a questão estivesse sendo negociada e a decisão da Caixa tenha sido unilateral, a direção do banco ainda tentou confundir os bancários ao afirmar na CI que a compensação dos dias parados foi “conforme acordado” com o movimento sindical.
Logo após a divulgação da CI, a Contraf -CUT entrou em contato com Sueli Mascarenhas, superintendente de Recursos Humanos do banco, cobrando explicações e a reabertura das negociações. A superintendente reafirmou sua disposição em negociar, mas não agendou a data até a segunda-feira passada, quando a Confederação mandou e-mail reiterando os temos do ofício enviado anteriormente com a sugestão do 18 de maio para negociação.
Fonte: Contraf