(São Paulo) Representantes de funcionários do Grupo Santander Banespa em toda a América Latina e na Espanha reuniram-se, em São Paulo no dia 28 de abril, para discutir a definição de estratégias comuns de luta por avanços nas conquistas dos trabalhadores em nível internacional.
As discussões aconteceram durante a 6º Reunião da Coordenadora Sindical Internacional do Grupo Santander (CCSCS), que aconteceu simultaneamente com a 2º Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Santander da UNI Américas Finanças.
A intenção é firmar com a direção do banco um acordo marco que garanta os mesmos direitos a trabalhadores do banco em todos os países onde ele atua. “Essa á uma luta que estamos travando há muito tempo, apesar da pouca disposição do banco para isso”, afirma Rita Berlofa, diretora do Sindicato e membro do Comitê Executivo Mundial da UNI Américas.
Segundo ela, as discussões já estão avançadas em bancos como o ABN Amro e BBVA, onde já aconteceram reuniões entre as partes, mas o Santander nunca se posicionou sobre a questão. “Todos os anos, após as jornadas internacionais de lutas, entregamos carta ao banco em todos os países solicitando a abertura do diálogo, mas o banco nunca se dignou a respondê-las”, afirma Rita.
Jornada – O dirigente sindical do Chile Marcelo Rojas denunciou no encontro que em seu país o Santander tenta implantar o atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana. “Sabemos que essa política, se implementada, além de ser nociva aos trabalhadores, prejudicando a saúde e precarizando ainda mais as condições de trabalho, poderá ser expandida para outros paises, inclusive o Brasil”, afirma Rita.
Por motivos como esse, a luta pelo cumprimento da jornada de trabalho vai ocupar o centro dos debates daqui para frente. Ainda segundo ela, a extrapolação da jornada é um problema que acontece em todos os países onde o Grupo Santander Banespa atua.
“Vamos focar nesta questão pois dentro dela estão localizados outros problemas que há muito pedem solução, como as demissões injustificadas, a terceirização, a precarização do trabalho e o aumento das doenças ocupacionais. Se a jornada de seis horas for respeitada, o banco precisará contratar mais funcionários. Se for desrespeitada, os bancários ficam sobrecarregados, doentes e sofrem pressões imorais”, diz.
O documento será enviado para a administração do Banco Santander em todos os países no mesmo dia da jornada internacional de luta, 19 de setembro de 2006, solicitando a realização de uma negociação mundial com a direção do banco.
Publicidade – Foi aprovada durante o encontro a produção e veiculação de uma campanha de mídia unificada para todos os países, com o slogan “Sindicatos fortes, respeito e ampliação de direitos”.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP