As doenças de ordem psíquica são hoje as principais responsáveis pelo afastamento de trabalhadores bancários de suas atividades. Além de serem doenças incapacitantes, os transtornos mentais e comportamentais se instalam de maneira silenciosa e de difícil identificação pelo doente. Foi pensando nesse cenário preocupante que a Coordenação de Saúde do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região organizou o primeiro Seminário de Saúde Mental do Bancário, realizado na última quarta-feira (5).
Cerca de 60 pessoas estiveram presentes no auditório do Floph Hotel para debater o tema. Seis palestrantes discorreram sobre vários aspectos da saúde mental no mundo do trabalho. Entre os pontos expostos pelos palestrantes estavam: Saúde Mental na categoria bancária; As perspectivas do trabalho bancário; A atuação do Ministério Público em relação a precarização do trabalho na categoria; Organização e norma regulamentadora 17; Debate sobre saúde mental no âmbito da Psicologia e o direito à saúde mental e a responsabilidade do empregador.
“Todas as palestras foram relevantes. Muitas vezes o bancário tem dificuldade de se ver doente, mesmo com todo o sofrimento que enfrenta. Os próprios peritos do INSS tendem a tratar com descaso tais adoecidos. A exposição sobre os casos na Justiça, e como a os juízes têm tratado os pedidos de afastamento por distúrbios mentais, também foi outro ponto importante do debate”, afirma secretário de Saúde e Segurança do Sindicato, Edson Alves.
Os transtornos mentais e comportamentais ocupam o 3º lugar no ranking das principais doenças geradoras de afastamento do trabalho no Brasil, ficando atrás apenas do afastamento devido a lesões, envenenamentos e consequências de causas externas. Na categoria bancária, em segundo lugar, estão as lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares (LER/Dort).