(São Paulo) A Contraf-CUT e a direção do Real ABN reúnem-se no dia 1º de junho, sexta-feira, na matriz do banco. Estarão presentes no encontro a diretora executiva de RH, Mônica Cardoso, e o gerente de relações sindicais, Jerônimo dos Anjos. Em pauta, as graves distorções salariais e a proteção ao emprego.
Segundo o diretor do Sindicato de SP e funcionário do Real ABN Marcelo Gonçalves, a questão dos salários é uma das mais importantes reivindicações do processo de negociação que teve início em fevereiro de 2006. “Parece mentira mas, passado mais de um ano, o banco ainda não deu nenhuma resposta. Vamos apresentar relatos de diversas regiões do Brasil sobre os salários dos sub-gerentes, assistentes da matriz e do CAO, dos assistentes do Call Center e dos gerentes de relacionamento”.
Marcelo explica que a distorção gera fatos curiosos, como caixas que não querem ser promovidos para a função de sub-gerente ou assistente, pois, apesar do aumento de responsabilidade e, principalmente, da jornada de trabalho, continuariam recebendo praticamente os mesmos salários. “Exigimos o compromisso do banco em construir um acordo para os salários dessas funções ainda para este mês de junho. Os sindicatos estão há mais de três anos insistindo em negociações sérias para valorização dessas funções. Está mais do que na hora de o banco apresentar sua posição. Estamos percorrendo agências e departamentos e organizando ações que, se necessário, vão extrapolar as negociações”, diz Marcelo.
Venda
Segundo o dirigente sindical, será apresentada na reunião a necessidade de um acordo formal sobre a manutenção dos empregos, independentemente de quem será o novo dono do Real no Brasil. Na reunião do dia 26 de abril, a diretora de RH, Monica Cardoso, declarou que não haveria demissões em decorrência da venda do ABN para o Barclays, como também, na mudança de bandeira do Sudameris para ABN.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP