Andréa Ono, Carlos Fernandes e Viviane Claudino
Rede de Comunicação dos Bancários
O Mapa da Diversidade foi debatido durante a 11ª Conferência Nacional dos Bancários com a participação da coordenadora da pesquisa, professora e pesquisadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Maria Aparecida da Silva Bento. Os delegados bancários de todo país discutiram na tarde de sábado 18 a importância de se apropriar das informações do Mapa da Diversidade – que ouviu 204.794 trabalhadores nacionalmente – e envolver outros atores da sociedade na discussão.
“O Mapa da Diversidade vai ajudar na reflexão sobre a democratização dos meios de recrutamento no mundo do trabalho e orientar ações de recursos humanos na correção de distorções. O envolvimento de outros atores da sociedade, como o Ministério Público do Trabalho, mostra o sucesso do que foi feito”, afirmou a professora.
A professora revelou ainda que os bancários são protagonistas de um momento histórico. “Nenhuma outra categoria, além da bancária, tem a preocupação em saber quem compõe o mercado de trabalho, se é branco, negro, homem, mulher”, ressaltou.
No entanto, a desigualdade só deixará de existir, se quem não se enquadra se sentir responsável. Isto é, “se os incluídos” não fizerem parte da luta, haverá a formação de guetos e não o fim da desigualdade. “Daqui 3 a 5 anos, haverá uma diferença significativa no campo de trabalho nos bancos, com relação à luta pela igualdade de oportunidades, porque é um setor que responde rápido, mas isso só acontecerá, se a categoria tomar para a essa responsabilidade”, alerta.
A secretária de Políticas Sócias da Contraf-CUT, Deise Recoaro, disse que os trabalhadores têm de se apropriar das informações do mapa e lutar para que as distorções sejam corrigidas. “Nosso desafio é colocar na Convenção Coletiva mecanismos que combatam a discriminação de mulheres, negros e outras injustiças.”