(São Paulo) L.A.A. trabalhava há quase um ano no Telemarketing do ABN Real de São Paulo. Sempre cumpriu as metas conforme estipuladas. A pedido do banco, fazia horas extras, inclusive aos sábados. Tinha nota 3 na avaliação de desempenho, o que garantia acesso à bolsa de estudos. Apesar deste retrospecto positivo e de possuir laudos médicos comprovando ter adquirido gastrite nervosa e distúrbio mental (estresse) devido às pressões sofridas no trabalho, L.A.A. foi demitido no dia 10 de outubro.
O banco alegou “falta de comprometimento” de L.A.A. “O único mês que eu não cumpri as metas foi em setembro, mas isso aconteceu com toda a equipe, pois o banco mais que dobrou as metas de um mês para o outro”, afirma, acrescentando que a meta de venda de cartões passou de quatro para nove por dia, idêntico ao crescimento para a meta de abertura de contas correntes. “Sempre tive respeito, integridade, trabalhei em equipe com transparência e profissionalismo e comprometimento, os princípios que o banco vive repetindo. Mesmo assim não tive meus direitos respeitados”, desabafa.
Para a diretora do Sindicato de São Paulo, Karina Prenholato, o banco agiu erradamente, pois demitiu um funcionário em tratamento médico, o que é questionável, moralmente reprovável e injusto. “Tentamos negociar com o banco pelo menos a sua reintegração durante o tratamento médico, mas eles mantiveram a demissão mesmo tendo acesso aos diagnósticos e exames do bancário.
Queremos que o banco adote uma política de saúde e procedimentos adequados para situações como essa, que acontecem constantemente”, afirma.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP