(São Paulo) Cerca de 20 mil trabalhadores pintaram as ruas de Brasília de vermelho nesta quarta-feira, dia 6, e realizaram a 3ª Marcha Nacional do Salário Mínimo, promovida pela CUT em conjunto com outras centrais sindicais. O número de manifestantes surpreendeu os organizadores, que esperavam a metade dos participantes.
Os bancários foram destaques na Marcha. Com comitivas organizadas por sindicatos e federações do país inteiro, além da própria Contraf-CUT, centenas de trabalhadores do ramo financeiro se juntaram aos demais manifestantes e construíram uma das maiores passeatas que as ruas de Brasília já assistiram. Entre as bandeiras, o reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 em março de 2007 e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,7%.
“A Marcha foi muito forte e deverá ser vitoriosa como nos anos anteriores. A pressão dos trabalhadores conseguiu arrancar aumentos significativos para o salário mínimo em 2004 e 2005, além da correção da tabela do Imposto de Renda. Nossa expectativa é garantir as nossas reivindicações este ano também”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
As negociações para a correção do mínimo e da tabela do IR começam já nesta quinta-feira. Um dia depois da Marcha, dirigentes das sete centrais sindicais que organizaram a manifestação se reúnem com os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Nelson Machado (Previdência).
Para o presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, chegar ao valor do mínimo e da correção do IR reivindicados pelas centrais vai depender da negociação. "E o processo de negociação depende da pressão da sociedade. Também defendemos uma política para o reajuste do salário mínimo, que deve ser adotada por um período mais longo, de dez a 15 anos, para garantir que ele atenda ao que está determinado na Constituição – manutenção de uma família de quatro pessoas”, afirmou.
Já a luta pela correção da tabela do Imposto de Renda em 7,7% interessa diretamente aos bancários. “Com este reajuste, vamos repor a inflação que falta do governo Lula e garantir mais dinheiro no bolso do trabalhador. Temos tido aumento real de salários, mas sem o reajuste da tabela nosso salário será corroído pelo imposto”, destacou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
Foto: Agência Brasil