A manhã desta terça-feira, dia 25, foi marcada por manifestações dos bancários na capital paranaense. Vinte e oito unidades permaneceram fechadas na região central de Curitiba. A paralisação teve como objetivo pressionar os banqueiros, que hoje estão reunidos em São Paulo para fazer uma proposta para a categoria. A campanha teve início em 14 de agosto e, até agora, os bancários só ouviram ‘não’ diante das suas reivindicações.
Mais de três mil bancários não entraram nas agências e departamentos, paralisando o atendimento durante o período da manhã. “Infelizmente, os bancos só conhecem esta forma de tratamento: pressão e intransigência. É desta forma que agem conosco nos bancos e desta forma que nos obrigam a agir durante a Campanha Salarial”, afirma Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.
Às 11h, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região convocou uma assembléia na travessa Oliveira Belo, entre a agência Zacarias da Caixa e o Palácio Avenida do HSBC, para esclarecer os bancários paralisados sobre o andamento das negociações e resultados deste mais de um mês desde a entrega da minuta de reivindicações a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Roberto von der Osten, o Betão, presidente da Fetec-Cut/PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito da CUT), apresentou para os participantes um panorama do processo de construção da Campanha Salarial 2008 e os eixos políticos que devem ter em mente. “Preparamos uma Campanha Salarial Nacional como sempre fizemos: com democracia, com encontros e conferências para discutir as pautas. Chegamos a uma minuta moderna, que valoriza um piso salarial digno e que reivindica um ganho real”, garante. Beto é o representante paranaense ao lado de Otávio Dias no Comando Nacional dos Bancários.
Antonio Luiz Fermino, representante paranaense na comissão dos trabalhadores da Caixa e secretário de finanças do sindicato também informou sobre o andamento das negociações específicas com a Caixa. “Apesar de a diretoria admitir a possibilidade de negociar um Plano de Cargos e Comissões, um ponto forte da campanha, não avançamos em nenhuma outra questão. Convocamos a mobilização de todos pelos nossos direitos. É a nossa parte nos lucros dos bancos, os que mais ganham neste país”, conclui.
“Esta é uma atividade de mobilização nacional, que aponta a possibilidade da categoria entrar em greve nos próximos dias, caso os banqueiros não apresentem propostas decentes na mesa de negociação”, afirma Otávio Dias, presidente do sindicato. Para ele, a participação dos trabalhadores bancários é que faz a diferença. Quanto maior for a mobilização da categoria, maior será o poder na mesa de negociação.
Pablo Dias, Secretário de Bancos Públicos do sindicato, explicou para todos os participantes sobre a “Porta do Inferno”, que hoje estampou a entrada do Palácio Avenida, cartão postal do banco HSBC. “As pressões por metas, assédio moral e as péssimas condições de trabalho a que estão sujeitos todos os bancários tornam a vida dos trabalhadores um verdadeiro inferno”, avalia Pablo.
Propostas econômicas devem ser apresentadas nesta quarta-feira, 24 de setembro
Amanhã tem nova rodada de negociação, e os representantes dos banqueiros ficaram de levar propostas para o índice de reajuste salarial, para o piso e para a participação nos lucros e resultados (PLR).
Agências e Centros Administrativos que tiveram seu funcionamento atrasado nesta terça-feira:
Unibanco (Carlos Gomes, Cinelândia, Mal Floriano e Mal Deodoro)
HSBC (Cinelândia, Palácio Avenida)
CAIXA (Carlos Gomes, Prédio Central e Zacarias)
Itaú (Muricy, XV, Rua das Flores, Câmbio)
Banco do Brasil (Muricy, Praça Tiradentes, Ag Curitiba, Comercio Internacional, Ag Governo, Ag Estilo)
Tiradentes, Carlos Gomes)
Bradesco (Rua das Flores, Monsenhor, Mal. Deodoro)
Real (Galeria Ritz, XV)
Santander (XV, Mal Deodoro)
BMB (XV)
Centros Administrativos
HSBC – Palácio Avenida
CAIXA – Sede 1
Banco do Brasil – Tiradentes
Bradesco – Marechal Deodoro