(Aracajú) Os funcionários do Banese estão indignados com a atitude intransigente da direção do banco. Os diretores não querem ouvir os bancários para melhorar a proposta de distribuição de Moedas, ou seja, de participação nos lucros. Além disso, a direção informou que só negocia as reivindicações específicas dos baneseanos depois da assinatura da Convenção Coletiva 2006/2007 pela Federação Nacional dos Bancos – Fenaban.
A primeira proposta de distribuição de Moedas, apresentada pela direção do banco, foi rejeitada por unanimidade na assembléia convocada pelo Sindicato dos Bancários de Sergipe na semana passada. "Essa proposta é injusta porque privilegia quem está em cima, no alto escalão, e não recompensa quem está na base e produz, de fato, os resultados para o banco", justifica Marcelo Vieira, secretário de Imprensa e Comunicação do Seeb SE.
No primeiro semestre deste ano, o Banese teve lucro líquido de mais de R$ 21,3 milhões. Nesse mesmo período do ano passado, o banco lucrou R$ R$ 12,3 milhões, o que significa um crescimento de 73%. "Portanto é possível fazer uma distribuição justa das Moedas, de forma linear, para todos os funcionários", conclui Marcelo.
Autoritarismo
Na segunda-feira, 21, o Sindicato enviou uma carta à direção do Banese comunicando a decisão da assembléia e reivindicando a elaboração de uma proposta melhor de distribuição de Moedas. Na carta, o Sindicato cobra a abertura da negociação da pauta específica, entregue dia 11 de agosto, e informa que está à disposição para dialogar com a direção do banco.
O Banese respondeu no mesmo dia, recusando-se a conversar sobre o assunto. "Uma atitude explícita do autoritarismo da direção do banco. Eles demonstraram um total desrespeito com a direção do Sindicato e com os funcionários do Banese", avalia Marcelo. Segundo o diretor de Imprensa, os bancários não podem permitir que ninguém faça farra com o resultado produzido pelo suor e pelo esforço do conjunto do funcionalismo do Banese.
Fonte: Márcia Santos – Seeb SE