(São Paulo) Cerca de 40 mil trabalhadores tomaram as ruas de Brasília nesta quarta-feira, dia 5, e garantiram uma audiência com o presidente Lula. Este foi o primeiro resultado concreto da 4ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora. A chuva não atrapalhou o ânimo dos manifestantes, que desde o início da semana partiram dos quatro cantos do país rumo à capital federal. Como nos anos anteriores, os bancários participaram em peso da Marcha.
“Novamente os trabalhadores mostraram a sua força e construíram uma grande Marcha em Brasília. O primeiro efeito prático já surtiu. Às 16h, o presidente Lula receberá em audiência os presidentes da CUT e das demais centrais sindicais, no Palácio do Planalto”, conta Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Entre as reivindicações da 4ª Marcha está a redução da jornada de trabalho, mais e melhores empregos e o fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas. Logo às 7h, uma multidão começava a se formar no estacionamento do estádio Mané Garrincha. No meio da manhã, uma passeata levou os trabalhadores para a Esplanada dos Ministérios, onde foram feitas duas paradas: uma em frente ao Ministério da Saúde e outra no Ministério da Previdência e Trabalho.
A marcha seguiu para entregar a pauta de reivindicações aos presidentes do Senado, Tião Viana (PT-AC), e da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Logo a seguir, por volta das 12h15, começou o ato político em frente ao Congresso Nacional. O próximo compromisso é no Palácio do Planalto.
O presidente da CUT, Artur Henrique, disse que o principal foco da manifestação é a geração de empregos “para todo o conjunto da sociedade”. “Queremos o cumprimento da determinação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que não permite demissões arbitrárias e a redução da jornada, sem diminuir os salários.”
Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb SP, CUT e Agência Brasil
Foto: Augusto Coelho