(São Paulo) O ato político do mega ato da CUT em homenagem ao Dia Internacional dos Trabalhadores começou em grande estilo. A Orquestra Bachiana Jovem, formada por 35 jovens da periferia de São Paulo e conduzida pelo pianista e maestro João Carlos Martins, executou uma pequena suíte de Carmem, de Bizet, seguida pela execução do Hino Nacional. Com o palco repleto de autoridades sindicais e políticas, os dirigentes que fizeram uso da palavra foram unânimes: a classe trabalhadora tem lado; ela defende um projeto de desenvolvimento econômico e de inclusão social para este país. E este projeto é o do governo Lula.
Conduzindo o ato, o secretário geral da CUT Nacional, Artur Henrique da Silva Santos, perguntou à platéia que lotava à av. Paulista se ela queria de volta o desemprego, as privatizações, o aumento de preços. Obteve um sonoro não como resposta e concluiu: “Então, é Lula outra vez!”.
Fizeram uso da palavra a vice-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Louise Caroline; o representante do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro); a dirigente nacional da CUT Rosane da Silva; o presidente do PCdo B, Renato Rabelo; o presidente do PT-SP, Paulo Frateschi; o presidente da CGTB ( Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – parceira da CUT na realização deste 1º de Maio); o presidente nacional da CUT, João Felício,e o presidente da CUT- São Paulo, Edílson de Paula.
Simbolizando a garra da classe trabalhadora, a CUT homenageou vários profissionais das mais diversas áreas. Logo no início do ato político, Edílson de Paula entregou uma placa de homenagem ao maestro João Carlos Martins, apresentado por Edílson como um grande trabalhador da música brasileira. Emocionado, o maestro agradeceu: “É uma grande honra receber essa placa, é a primeira vez que a minha luta pela música do Brasil é reconhecida numa festa como essa”. No encerramento, Edílson também destacou a importância dos trabalhadores que montaram o palco e toda a estrutura do mega-ato: “a empresa contratada é que recebe o pagamento, mas quem faz o trabalho mesmo são os trabalhadores e trabalhadoras”.
A última homenagem veio ao público pelo telão: um vídeo do cosmonauta brasileiro Marcos Pontes, gravado na Rússia, saudando todos os participantes do 1º de Maio da CUT.
Confira abaixo algumas frases dos oradores do ato:
“Hoje a coordenação dos movimentos sociais, que reúne a CUT, o MST, a UNE e outras entidades, lança o seu Projeto Brasil. Vamos para as ruas exigir muito mais mudançase mais avanços. E deixo aqui um recado para a grande imprensa, em especial ao jornal Folha de São Paulo. O povo não é bobo, não temos saudade de FHC, do que Geraldo Alckmin está fazendo na Febem, não temos saudades das mentiras de José Serra. Se querem guerra, se querem luta, nós estamos preparados. O país é do povo”. Louise Caroline – UNE
“Com certeza a juventude tem lado. Através do atual governo nós conquistamos o direito de estar nas universidades. Nós temos um projeto para este país, um projeto de inclusão social e este é o projeto do governo Lula”. Rosane da Silva (CUT)
“O PCdoB já tomou o seu lado, o lado da reeleição do companheiro Lula, pois como ele mesmo falou é preciso dar um choque de inclusão social neste país e não de gestão, como disse Alckmin”. Renato Rabelo (PcdoB)
“ É com muito orgulho que trago a saudação do PT a todos aqui na av. Paulista. Hoje temos motivos para festejar, neste ano tivemos o maior aumento do salário mínimo, dobrando seu valor de compra e significando trasnferência de renda para o bolso do trabalhador. Este ano também vamos ter a legalização das centrais sindicais. São avanços do nosso mandato democrático e popular, do nosso governo Lula”. Paulo Frateschi (PT)
“ A elite dizia que para gerar empregos era preciso acabar com os nossos direitos. Ora, o governo Lula está gerando empregos e nenhum direito nos foi tirado. Eles são contra o governo Lula porque Lula não é capacho do presidente dos EUA. Vamos nos unir sempre porque unidos e organizados vamos conquistar muito mais avanços no novo mandato do presidente Lula”. Antonio Neto (CGTB)
“A possibilidade de continuarmos avançando não é com Geraldo Alckmin, que se recusa a receber a CUT aqui no estado de São Paulo, que não negocia, que criminaliza os movimentos sociais. E não adianta a imprensa isolar os movimentos sociais. Nós estamos na rua para dizer que Lula é melhor. Nós sabemos fazer comparação e não temos nenhuma saudade de FHC. A classe trabalhadora veio para ficar, não está mais a serviço da elite brasileira. Nós queremos fazer a disputa política. Nós sabemos o que é melhor para nós e Lula é melhor do que qualquer tucano. Viva a classe trabalhadora brasileira. Viva o Brasil”. Roberto Felício (CUT).
“Construímos o 1º de Maio maior da história de São Paulo. Trazemos artistas, mas não abrimos mão de fazer a reflexão. E se temos muito a comemorar na esfera federal, não podemos dizer o mesmo no Estado de São Paulo, um estado que está construindo cadeias e não políticas públicas, o que vemos é violência, jovem apanhando e não queremos isso para o Brasil. Como trabalhador químico a frente da CUR-SP nos três últimos anos estou orgulhoso. São três anos de sucesso. Uma salva de palmas para todos os trabalhadores brasileiros e para todas as mulheres que estão na Paulista. A luta continua para que o Brasil fique cada vez melhor”. Edílson de Paula (CUT-SP).
Fonte: Gislene Madarazo – CUT/SP