(Salvador) O Banco do Nordeste do Brasil completou ontem, dia 19, 54 anos de fundação com incrível crescimento e exploração dos trabalhadores. Entre 2003 e 2005, o banco aplicou 8,7 bilhões de reais, com recursos do Fundo do Desenvolvimento do Nordeste. No ano passado foi disponibilizado, só com o Programa de Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 1,051 bilhão. Em 2005 foi registrado o lucro de R$ 157,4 milhões, valor 3,5% superior ao ano de 2004.
Mesmo exibindo bons resultados e importantes melhorias, o BNB esqueceu de divulgar que outros números também cresceram, como a quantidade de empregados doentes devido ao assédio moral, às pressões por metas, sobrecarga e péssimas condições de trabalho. O banco não reconhece a importância que os empregados têm no desenvolvimento da empresa. De acordo com Geraldo Galindo, diretor do Sindicato da Bahia, os funcionários na verdade são os verdadeiros responsáveis pelo crescimento da organização.
O empenho do funcionalismo, que, muitas vezes, é obrigado a sacrificar a vida social e familiar, com a extrapolação da jornada de trabalho, demonstra o constante compromisso e dedicação ao BNB. No entanto, a administração ignora o esforço dos bancários que não recebem nem horas-extras. Galindo informa que os trabalhadores devem permanecer na luta contra a exploração para que os direitos dos bancários sejam assegurados.
Fonte: Seeb Bahia
