Na quarta, os empregados realizam um Dia Nacional de Lutas para pressionar o banco
(São Paulo) Um dia antes das atividades programadas pelos empregados da Caixa Econômica Federal para o Dia Nacional de Lutas, nesta quarta-feira 20, o banco agendou uma nova rodada de negociações com a Contraf-CUT. A reunião será na quinta-feira, a partir das 15h, no prédio da Matriz da Caixa, em Brasília.
Segundo Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, a negociação marcada aumenta a importância do Dia Nacional de Lutas. “Vamos discutir com o banco dois temas importantes, que é a CI 293 e o Saúde Caixa. Temos que construir uma boa atividade para que a Caixa se sinta pressionada e reverta sua decisão arbitrária e unilateral de punir todos os empregados com cargos técnicos que reclamam a jornada de 6 horas na Justiça”, explicou.
Durante a negociação, a Contraf-CUT vai exigir a revogação imediata da Circular Interna SUPES/GERET 293/06, cujo teor orienta todas unidades a alterar a jornada de trabalho para 6 horas e reduzir salários de todos os ocupantes de cargos técnicos que ingressaram na Justiça para garantir a jornada.
“A decisão da Caixa é absolutamente arbitrária e não podemos aceitar esse tipo de pressão contra os empregados. A Contraf-CUT já enviou um ofício na semana passada para que a Caixa reveja sua posição. Até agora não obtivemos nenhuma resposta, mas queremos sair desta negociação com a CI enterrada”, afirma Plínio.
O dirigente ressalta que os protestos e paralisações do Dia Nacional de Lutas serão fundamentais para que a negociação tenha sucesso.
Saúde Caixa
Outro tema em pauta nas negociações desta quinta-feira é o reajuste que o banco pretende fazer no Saúde Caixa. A empresa vai apresentar sua contraproposta em relação aos valores indicados pelos bancários no último encontro, no dia 7 de dezembro.
A proposta da Contraf-CUT, orientada por seus representantes no Conselho, mantém a contribuição mensal do grupo familiar em 2%. Quanto ao valor do teto, hoje em R$ 1.200, aplica a inflação médica projetada (14%) mais 7%, que é o índice que está sendo negociado e deverá ser implementado a partir de janeiro na tabela médica. Perfazendo, assim, 21% e elevando o valor para R$ 1.452. Pela proposta da Caixa, esse valor subiria para R$ 1.700.
Em relação à mensalidade do dependente indireto, que a Caixa pretende aumentar dos atuais R$ 42,32 para R$
“Não vamos aceitar qualquer proposta da Caixa que penalize o empregado. Temos a responsabilidade de manter a sustentabilidade econômica do plano e a consciência de que os reajustes são inevitáveis. Porém, os números apresentados pela Caixa é muito alto, além de imprecisos, já que o Saúde Caixa está há quase dois anos sem o processamento das informações”, finalizou Plínio.
Fonte: Contraf-CUT