(São Paulo) Um consórcio internacional fez proposta para compra do banco holandês ABN Amro. A confirmação foi feita, segundo o jornal Valor Econômico desta segunda-feira, 16, na última sexta-feira. O consórcio seria formado pelos bancos Royal Bank of Scotland, o espanhol Santander e o europeu Fortis. A iniciativa seria uma forma de começar “conversas exploratórias”.
Os valores não foram divulgados. Até semana passada, o banco holandês só admitia a negociação com o Barclays, banco britânico, em fusão que movimentaria US$ 80 bilhões. Mesmo reconhecendo os novos interessados, o banco inglês permanece com exclusividade de negociação, segundo o ABN.
“Em uma nota no seu site oficial, a administração do ABN informa que vai considerar a proposta cuidadosamente, o que considera ser sua responsabilidade”, relata o jornal. Uma compra do ABN Amro representaria a maior aquisição já realizada no setor mundial de serviços financeiros.
Gutemberg Oliveira, diretor da Fetec-SP e funcionário do ABN, lembra que essas informações são especulações e que nada está definido ainda. "Mesmo assim, queremos do banco garantias de emprego, independente do desfecho dessas negociações", ressalta. Ele lembra que o banco ainda não deu uma posição oficial aos funcionários a respeito dos rumores de venda.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) quer que o presidente da filial brasileira, Fábio Barbosa, leve à sede na Holanda, uma declaração dos trabalhadores reivindicando a manutenção das atividades no Brasil e dos empregos. A Contraf-CUT solicitou reunião com o direção do ABN no Brasil, mas ainda não obteve resposta.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do Valor Econômico