(São Paulo) O Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo-CUT/SP decidiu paralisar as atividades a partir de 00h da próxima quarta-feira, dia 16/05. A decisão é uma reação à proposta que o Metrô apresentou após reunião com a CUT/SP, o Sindicato, a Fenametro e outras centrais, no dia 03/05. Terça (8), o Estado acenou com a manutenção da punição aos trabalhadores por participarem de manifestação contra Emenda 3.
O governo propôs a suspensão de 25 dias para Pedro Augustinelli e de 15 dias para Ronaldo Campos. O governador José Serra manteve ainda o afastamento sem vencimentos de Alex Fernandes e de Paulo Pasin para apuração de falta grave, além da demissão por justa causa do Ciro Moraes.
De acordo com Manuel Xavier Lemos, Secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato dos Metroviários, a entidade exige a reintegração imediata de todos os funcionários. “Na reunião os representantes do Metrô tiveram a cara-de-pau de dizer que a mobilização era legítima, mas houve sabotagem, sem que em nenhum momento houvesse qualquer apuração sobre os fatos ” , disse.
Assembléia na terça
Xavier afirmou que as negociações com o governo estadual e a empresa continuarão, assim como a realização de multirões em todas os níveis da categoria para exigir o respeito ao direito de greve e à livre organização sindical.
Uma nova assembléia dos trabalhadores acontecerá na próxima terça-feira (15), às 18h30, na sede do Sindicato (Rua Serra do Japi, 31 – Tatuapé).
Diálogo com a população
Na sexta-feira (11), a categoria distribuirá para a população o Jornal do Usuário para dizer que os metroviários não decretaram a greve nesta semana em respeito à população católica, mas que na próxima a mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores e da livre expressão será inevitável. Caso governo e Metrô não abram mão da postura ditatorial, São Paulo vai parar!
Fonte: CUT/SP