No Dia Nacional de Luta dos bancários do Itaú Unibanco, o Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb/CE) realizou ato de repúdio na agência da Major Facundo, em Fortaleza. O Sindicato esclareceu os funcionários e a população presente no centro da cidade sobre os altos lucros do banco e a discriminação de trabalhadores no pagamento da PLR. Houve distribuição de um jornal especial do Itaú Unibanco e também da Tribuna Bancária.
Enquanto executivos do banco receberam mais de R$ 250 mi, o banco pagou PLR cheia – de 2,2% do salário – a apenas 46% dos trabalhadores. “Isso é um absurdo! Quem trabalha e está na linha de frente para construir a riqueza do banco, tem o seu direito desrespeitado”, declara Ribamar Pacheco, funcionário do Itaú e diretor do Sindicato. Ele lembrou que a PLR é uma conquista da Convenção Coletiva de Trabalho.
O lucro líquido ajustado do banco subiu de R$ 17 bilhões em 2008 para R$ 35 bilhões em 2009. Apesar disso, o banco não cumpriu a promessa de que não haveria cortes de empregos.
O estudo da Contraf-CUT, em parceria com o Dieese, mostra exatamente o contrário: 7.176 postos de trabalho fechados entre 2008 e 2009, de acordo com os balanços publicados. Ou seja, o banco está na contramão da economia brasileira, que criou 995.110 novas vagas.
“A diminuição nos quadros aumenta a sobrecarga de trabalho, e o Itaú Unibanco, banco que tanto prega excelência no atendimento, precariza cada vez mais as condições de trabalho, ao demitir, nos últimos dois anos, mais de sete mil trabalhadores”, disse o dirigente sindical.
“O número de funcionários não é suficiente para dar conta da demanda que é sempre crescente”, revelou Pacheco. Ele anunciou ainda que se o banco continuar a descumprir a convenção coletiva, os trabalhadores deverão se organizar em greve nacional.