Sindicatos realizam assembleias dos financiários até dia 22
Em negociação ocorrida nesta terça-feira (14) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em São Paulo, a Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Fenacrefi) apresentou proposta para a Convenção Coletiva dos Financiários 2014/2015, que inclui reajuste de 8,22% nos salários (aumento real de 2,02%), correção de 8,73% nos pisos (2,50% acima da inflação) e adicional de 20% no valor fixo da PLR, uma reivindicação antiga da categoria.
Diferentemente dos bancários, os financiários têm data-base em 1º de junho, sendo que a variação do INPC no período de 12 meses foi de 6,08%.
> Clique aqui para ver a íntegra da proposta da Fenacrefi.
As entidades sindicais que negociam com a Fenacrefi, após consultas, orientam os sindicatos a realizarem assembleias dos financiários até o dia 22 para aprovar o acordo, conforme comunicado jurídico da Contraf-CUT enviado aos sindicatos.
“É importante que a Fenacrefi tenha acompanhado a mesma lógica da convenção coletiva dos bancários, garantindo proporcionalmente aumento real, valorização do piso, do vale-refeição e da PLR, apontando ainda espaços de negociação para as reivindicações de saúde e combate ao assédio moral, este provocado pelas metas abusivas que provavelmente por conta das condições de trabalho devam ser maiores que as dos bancários”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
“Após muita negociação, por vários anos, a Fenacrefi atendeu finalmente a reivindicação dos trabalhadores de adicional da PLR. Todos os financiários vão receber R$ 422, 49 a mais este ano. Uma conquista extremamente importante, que reforça o poder de compra dos trabalhadores, com reflexo direto na economia brasileira”, destaca o dirigente sindical Jair Alves.
Além dos avanços econômicos, outra reivindicação dos trabalhadores, aceita pela Fenacrefi, é a criação de uma comissão paritária que vai discutir PLR, saúde e condições de trabalho.
“A comissão paritária é um grande passo para debater a situação dos financiários hoje, categoria atingida em cheio pela terceirização, por problemas de assédio moral e metas abusivas. Abrir este canal de diálogo é essencial para a conquista de melhores condições de trabalho”, avalia Jair Alves.
Caso a proposta seja aprovada nas assembleias e o acordo for assinado, o pagamento das diferenças salariais retroativas a 1º de junho será efetuada na folha de novembro.