Nesta quinta-feira (15), a greve dos bancários de todo o Brasil completa 10 dias. Pelo menos 133 agências estão sem atendimento em Campo Grande e em outros 27 municípios – adesão de 83%. Em todo país, 12.386 agências e 46 centros administrativos estão fechados.
A expectativa de hoje é pela oitava rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e Fenaban. A reunião está marcada para às 15h (horário de MS), na cidade de São Paulo.
A federação insiste em defender a proposta de reajuste de 7%, abaixo da inflação. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,78% de correção da inflação.
Somente no primeiro semestre deste ano, os 5 principais bancos (Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Itaú) lucraram R$ 29,7 bilhões, mas em contrapartida foram fechados 7.897 postos de trabalho nos bancos brasileiros. Isso representa um aumento de 34,7% no número de postos fechados no mesmo período de 2015, quando foram extintos 5.864 postos.
“A adesão maciça dos trabalhadores à greve mostra a insatisfação da categoria com os bancos. E vamos continuar mobilizados até que a federação proponha um reajuste digno, além de discutir outras questões importantes, como: mais contratações e segurança nas agências bancárias com a permanência de mais vigilantes. Sabemos que nossas reivindicações podem ser atendidas pelo setor mais lucrativo do país”, ressaltou presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e integrante do Comando Nacional, Edvaldo Barros.
Além do reajuste, a categoria pede: combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias; fim das metas abusivas e ao assédio moral; e auxílio educação.