O vigilante Rafael da Silva Rosa, 26 anos, foi encontrado morto com um tiro na cabeça nesta segunda, dia 5, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Rosa foi localizado no trailer que funciona como posto bancário do Banco do Brasil em frente à praia de Unamar, sem a menor condição de segurança.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e Região (Seeb Niterói) já planeja uma manifestação contra a insegurança dos trailers e está em contato com a direção do banco para confirmar a legalidade desse tipo de instalação.
“É um absurdo este descaso do Banco do Brasil com a segurança bancária e a falta de condições minímas para o funcionamento de um posto de atendimento bancário, que precariamente funciona em um trailer. Isto tem que acabar, em busca do caminho da paz e de um mundo melhor”, afirma William Mendes, secretário de imprensa da Contraf-CUT e funcionário do banco.
“Instalar um posto bancário num trailer é escândalo. Isso mostra o descaso com a segurança dos trabalhadores e clientes, a exemplo dos demais bancos, diz Ademir Wiederkehr, representante do RS na Comissão Nacional de Segurança Bancária.
Policiais do 25º BPM (Cabo Frio) acreditam que Rosa morreu ao tentar evitar o assalto do cofre do banco, levado por bandidos. O caso foi registrado na 126ª DP (Cabo Frio).
Lei Federal 7.102/83
Esse assalto reforça a necessidade de atualização da lei federal 7.102/83, que se encontra obsoleta diante da reestruturação do sistema financeiro e do aumento da violência e da criminalidade.
“Esperamos que o Ministério da Justiça envie projeto de lei ao Congresso Nacional que garanta segurança nos estabelecimentos, com pelo menos dois vigilantes e equipamentos mínimos como porta com detector de metais antes do autoatendimento, vidros blindados nas fachadas, câmaras de video com monitoramento à distância e proibição ao transporte de numerário e à guarda da chave do cofre”, afirma Ademir Wiederkehr.
“Exigimos segurança e o BB, que acaba de comprar 49% do Votorantin, têm plenas condições para investir mais recursos na segurança de suas unidades, a fim de proteger a vida de bancários, vigilantes e clientes”, diz William Mendes.