(São Paulo) O ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, e o seu filho Rodrigo Rodrigues Cid Ferreira, foram presos novamente na manhã desta terça-feira, dia 12, pela Polícia Federal. O ex-banqueiro é condenado a uma pena de 21 anos de reclusão e seu filho, a 16 anos de prisão.
A detenção desta segunda cumpre à determinação da Justiça Federal, que condenou pai e filho por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, crime organizado e formação de quadrilha. A prisão ocorreu nas residências de cada um e eles foram levados para o Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos.
O Banco Central decretou a falência do Banco Santos em setembro do ano passado, quando Edemar Cid Ferreira deixou um rombo de R$ 2,9 bilhões. O ex-banqueiro teve a prisão preventiva decretada em maio pela Justiça Federal de São Paulo, chegando a ficar 89 dias preso. Mas conseguiu liberdade, no final de agosto, após uma liminar concedida pela 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), voltando para a cadeia hoje.
Para o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, a crise que envolveu o Banco Santos revela as irregularidades que os banqueiros fazem na administração e o atraso no recolhimento compulsório.
“O problema do Banco Santos revela a falta de transparência do sistema financeiro nacional. Como uma empresa termina o dia saudável e no outro amanhece sem liquidez? O episódio mostra que os banqueiros têm todas as condições de praticar operações nebulosas sem problemas”, afirmou Vagner.
Fonte: Contraf-CUT