(São Paulo) Com o objetivo de garantir o apoio da Justiça na luta contra o interdito proibitório, a Contraf-CUT reuniu-se nesta quarta-feira, dia 27, com o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Cláudio José Montesso. Também participou do encontro, Grijalbo Fernandes Coutinho, ex-presidente da Anamatra.
“Os juízes reafirmaram o legítimo e constitucional direito de greve dos trabalhadores. Disseram que todo e qualquer incidente que venha a ocorrer durante o movimento grevista é da competência da Justiça do Trabalho apreciar, e não da Justiça Civil. A audiência foi muito positiva e os juizes demonstraram que têm posições avançadas. Foi o doutor Grijalbo que, durante a greve dos bancários de 2004, escreveu um artigo defendendo o direito de greve dos trabalhadores e o descabimento dos interditos proibitórios”, relata Miguel Pereira, diretor da Contraf-CUT.
Durante a reunião, ficou definido que a Contraf vai promover, já no mês de outubro, um seminário nacional sobre a questão dos interditos, que contará com a participação dos representantes da Anamatra. O evento será gravado e ficará disponível no site e na TV Anamatra.
“Aproveitamos também para tratar de outros assuntos, inerentes ao mundo do trabalho, como o processo de terceirização na categoria bancária. O juizes pediram para a Contraf-CUT mais informações para eles possam disponibilizar em seu site e publicar em seus periódicos”, conta Miguel.
Campanha em defesa do trabalhador
A Anamatra apresentou para a Contraf-CUT uma campanha que a associação vai promover nacionalmente intitulada: “Campanha pela efetivação do Direito do Trabalho – Direito do Trabalho uma questão de Cidadania – Não se pode conceber a redução de direitos que ainda sequer foram levados à imensa maioria dos trabalhadores”.
O objetivo é inibir a apresentação de qualquer proposta que venha a reduzir direitos trabalhistas. O lançamento acontecerá na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos da Câmara Federal no início de outubro. A Contraf-CUT foi convidada, assim como todos os sindicatos, já que o movimento é apoiado pela CUT.
Fonte: Contraf-CUT