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(São Paulo) A cada três meses o Comitê de Relações Trabalhistas do Santander Banespa reúne-se para debater problemas enfrentados pelos trabalhadores do banco. O Comitê, composto pela comissão de empregados e pela superintendência de relações trabalhistas da empresa, está previsto em aditivo à convenção coletiva da categoria.

Nessa rodada de negociação, que acontece na terça-feira, dia 20, às 15h, uma extensa pauta será tratada (íntegra abaixo). Alguns pontos merecem destaque até pela reincidência.

A cobrança de metas dos caixas, que o banco afirmou não existir na última reunião do comitê, continua em prática até com planilhas de previsão de resultados. Outra reclamação recorrente dos bancários diz respeito às distorções no plano de cargos e salários (PCS). “Há pessoas no banco que exercem a mesma função, mas têm salários diferenciados”, relata Mario Raia, diretor do Sindicato.

Dentre os 24 pontos da pauta, estão ainda a reclamação de funcionários obrigados a extrapolar a jornada de trabalho e o assédio moral sofrido pelos bancários em agências e departamentos. “Tudo isso causa grande insatisfação aos trabalhadores. Nosso objetivo é ver esses problemas resolvidos com agilidade pelo banco”, completa Mario Raia.

Pauta para reunião
1) Problemas enfrentados na CEF com extratos e saques do FGTS por conta da alteração do CGC do Banco;
Recebemos várias ligações de funcionários que estão tendo problemas com a CEF no momento da liberação do FGTS pois lá consta o Banco Santander Meridional como empregador, diferentemente do que consta na CTPS.

2) Cobrança de metas de produção para os caixas;
Em inúmeras oportunidades temos denunciado que as agências têm estipulado metas para os caixas. A resposta do banco é que o caixa não participa de nenhum programa de renda variável e que, portanto, não pode ser cobrado por metas, inclusive na reunião de apresentação do sim/somar, foi feito um questionamento e nos foi dito que o caixa não pode ter metas. Essa informação inclusive foi confirmada na última reunião do CRT. Entretanto as  agências continuam exigindo metas individuais dos caixas; as cobranças são realizadas diariamente através de planilhas; os caixas reclamam que o aumento da pressão para que se façam vendas aumentam as diferenças de caixa, além de baixar a qualidade de atendimento.
Reivindicação: Que se elimine este procedimento e seja encaminhada mensagem específica para a rede de agências.

3) Extrapolação da Jornada de Trabalho;
Continuamos recebendo reclamações de funcionários que são obrigados a extrapolar a jornada de trabalho chegando antes da hora e só batendo o ponto posteriormente, ou ficando após o expediente para fazer tele marketing. Exemplos: agências Central e Ipiranga.
Reivindicação: Que se elimine este procedimento e seja encaminhada mensagem específica para a rede de agências.

4) Falta de ponto eletrônico em PABs
O banco ainda não instalou ponto eletrônico para o registro do horário de trabalho nos postos de atendimento em Porto Alegre.
Reivindicação: Instalação imediata dos pontos eletrônicos

5) Denúncias de Assédio Moral/Pressão;
Neste final e início de ano cresceram as denúncias de assédio moral em agências e departamentos com situações que tornam insuportáveis as condições de trabalho e de qualidade de vida. Exemplos: agências Brás, Tucuruvi, Butantã, Ceagesp, Rafael de Barros, Liberdade, CASA 2 – Olé financeira e outros …
Reivindicação: A representação exige que os gestores sejam orientados formalmente a parar com a exposição, a humilhação e as ameaças de demissão em reuniões. A Representação espera que o Banco atue com o máximo rigor para eliminar a prática de assédio moral.

6) PCS
A implantação já está finalizada ? Encontramos inúmeros casos de distorções salariais
Como, por exemplo, numa agência há um gerente que recebe um salário de R$ 1.300,00 e contra-se um outra para a mesma função pagando-se R$ 1.800,00.
Com a alteração nos postos de serviço que mudaram para Ponto de Venda, foi colocado que os gerentes de negócio que estavam nos postos seriam alterados para Gerente Geral. Essa  alteração será efetuada ou não?

7) Segurança nas Agências;
Com a política de redução de despesas na área de segurança, o Banco vem reduzindo o número de seguranças nas agências. Especificamente na ag. 388/Butantã foi reduzido de 03 seguranças para 02 seguranças, tal situação tem causado grandes transtornos, principalmente conflitos com os clientes, pois se trata de ag. de grandes demandas, devido a sua localização geográfica. O mais grave é uma ag. que apresenta histórico de assaltos. A agência tem duas portas giratórias e uma porta para deficientes, ficando apenas para um segurança gerenciar o fluxo de clientes; durante o período de almoço fica apenas um segurança responsável por tudo.
Ainda não foi instalada porta giratória com detectores de metais no posto do Centro Clínico do Hospital São Lucas da PUC-RS, em Porto Alegre, inaugurado em 14 de maio de 2006;
Reivindicação: Que sejam reforçados os procedimentos e contingente de segurança nas agências garantindo a segurança de clientes e funcionários.

8) Acesso do Sindicato aos locais de trabalho
Reivindicação: Santander Cultural e Concentrações – acesso dos dirigentes sindicais aos locais de trabalho para o desempenho de sua função.  O cerceamento dos dirigentes nas concentrações e Santander Cultural para distribuição dos jornais da categoria e reunião, configura prática anti-sindical.

9) Pagamento do prêmio TOP 3
Em fevereiro de 2007 algumas agências do Banco receberam o prêmio denominado TOP 3 e vários trabalhadores procuram o Sindicato com dúvidas sobre a premiação.
Solicitamos informações completas sobre as regras da premiação e/ou cartilha se houver; a relação de agências que receberam o prêmio; quais as regras para a não percepção do prêmio. Soubemos da exclusão dos funcionários que não optaram pela migração. Esta determinação caracteriza prática discriminatória para com trabalhadores que contribuíram para o resultado auferido pela unidade detentora do prêmio.
Reivindicação: Que sejam regularizadas e pagas todas as premiações indiscriminadamente

10) Distribuição de Remuneração de Programa Próprio (SIM/SOMAR)
Os trabalhadores são excluídos desta remuneração em que pese terem metas a cumprir. A premiação até então exclusiva ao corpo gerencial, provoca indignação dos trabalhadores que vendendo produtos, contribuem para os resultados das unidades bem como para os resultados individuais dos gerentes, porém são excluídos desta premiação. Este procedimento é inaceitável pois é discriminatório.
Reivindicação – pagamento igualitário a todos os trabalhadores da Unidade que fizer jus a esta premiação.

11) Pagamento a menor do 13º salário aos funcionários do ex-Banespa no RS
O banco não inclui a gratificação semestral, que é verba salarial fixa, na base de cálculo do 13º salário em dezembro de 2006, ao contrário dos demais funcionários do ex-Meridional e ex-Santander Brasil.
Reivindicação: regularização e pagamento imediato

12) PLR
Reivindicação:  Pagamento de PLR proporcional a todos que contribuíram para os resultados auferidos pelo banco, nele incluídos os trabalhadores que se aposentaram no segundo semestre de 2006.

13) Afastados: Mensalidades CABESP e BANESPREV
Reivindicação: Solicitamos esclarecimentos sobre como o banco vem procedendo com relação ao débito da mensalidade da Cabesp e Banesprev para os trabalhadores que se encontram em afastamento médico junto ao INSS e quando estão de “licença não remunerada” aguardando o Pedido de Prorrogação de benefício.

14) Trabalhadores portadores de deficiência – PDD
Reivindicação: Trabalhadores com visão sub-normal: solicitamos a compra de um programa chamado “MAGIC” que amplia os caracteres na tela do computador facilitando a leitura a preservando a saúde desses trabalhadores.
Acessibilidade: Gerência de Ofícios, que fica no mezanino da agência Republica não possui elevador, porém temos trabalhadores PDD com comprometimento dos membros inferiores, que são obrigados a subir até seis lances de escadas.
Reivindicamos que o banco nos apresente uma relação com o nome e lotação dos trabalhadores portadores de deficiência para que possamos conhecer e sugerir e discutir com a Empresa a qualidade da inclusão desses trabalhadores

15) Grupo de Ocorrências Especiais – GOE
Os auditores que compõem o GOE freqüentemente se excedem nas entrevistas, para não dizer inquéritos, de trabalhadores sobre os quais recaia alguma “suspeita” de terem contrariado regras do Banco. Os trabalhadores se queixam que são obrigados/coagidos a assinar declarações ainda que não concordem com o relato, pois são ameaçados de demissão em caso contrário.
Reivindicação: que os trabalhadores tenham o direito de levar uma testemunha, inclusive um representante sindical, caso julgue necessário.

16) Atestado de saúde ocupacional – ASO
Médicos contratados pelo banco continuam não emitindo ASO para os trabalhadores que passam pelo exame de retorno ou demissional quando julgam que o trabalhador não se encontra apto. Invariavelmente encaminham o trabalhador para o RH ou solicitam que aguardem em casa, pois irão conversar com os seus “superiores”. Esses médicos dizem que não estão autorizados a entregar o ASO com diagnóstico INAPTO para o trabalho.

17) Emissão de CAT
O RH-SST sistematicamente nega a emissão de CAT para os trabalhadores afastados por LER/Dort e transtornos mentais, mesmo que em decorrência de assalto. Além disso, demora cerca de 60 dias para dar a resposta negativa ao trabalhador, o que causa duplo problema para o trabalhador junto ao INSS.

18) RH – Licenças
O RH-licenças não funciona, as orientações são imprecisas, erradas. Os documentos e atestado encaminhados freqüentemente são extraviados. Com freqüência os trabalhadores são cobrados, através de telefonemas e cartas, por documentos que já entregaram e assinaram. Toda esta desorganização piora ainda mais a saúde, já debilitada dos trabalhadores afastados.

19) Fale com o RH
Reiteramos que o FALE COM O RH não cumpre o seu papel. Os trabalhadores não conseguem obter resposta satisfatória e seguem procurando a intermediação do Sindicato para resolver problema com o RH.

20) Auxílio Deslocamento
Funcionários da Ag. Araraquara que trabalhavam no posto de serviço localizado no município de Gavião Peixoto, tinham auxílio deslocamento. Com a alteração de status de posto de serviço para ponto de venda, lhes foi cortado o benefício o que tem gerado problema para os trabalhadores que tem pago para trabalhar.
Reivindicamos a continuidade o pagamento.

21) Transferência arbitrárias de funcionários ;
Exemplo: Araraquara
Reivindicação: Que se atenda também às necessidades dos funcionários nos processos de transferências.

22) Aviso de estabilidade pré-aposentadoria
Vários funcionários do ex-Banespa, que enviaram cartas informando que adquiriram esse direito até 28 de fevereiro, ainda não tiveram resposta do banco, comunicando o recebimento.
Reivindicação: Enviar a comunicação o quanto antes.

23) Demissões na Financeira Santander
Começou em fevereiro um processo de enxugamento em Porto Alegre, sendo que de 23 operadores já foram demitidos 10.
Reivindicação: Reivindicamos o fim das demissões e o remanejamento dos operadores atingidos pela reestruturação para outros setores do banco, visando a manutenção dos empregos.

24) Agendar data da nova reunião do CRT

Fonte: Cláudia Motta – Seeb SP

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