Seguindo a agenda de lutas em Defesa dos Bancos Públicos, o Sindicato dos Bancários da Paraíba participou nesta quarta-feira (13), de uma Audiência Pública em Defesa dos Bancos Públicos, que reuniu bancários (as), vereadores (as) e lideranças na Câmara Municipal de Monteiro, no Cariri Paraibano.
Participaram da mesa, o vereador Marcos Henriques (PT-JP), a vereadora de Monteiro Jacira (PT), o dirigente da Contraf-CUT, Wagner Nascimento, o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, o secretário-geral da CUT-PB, Joel Nascimento, o deputado Estadual, Anísio Maia (PT-PB) e o vereador Raul Formiga PRP, autor da propositura da Audiência Pública. O evento integra a Campanha Nacional em Defesa das Empresas Públicas, intitulada “Se é público, é para todos”.
Em sua apresentação, Wagner Nascimento falou sobre o risco de desmonte e as graves consequências do ataque à empresas públicas para a região Nordeste e para todo o país.
“Por onde essas audiências têm acontecido, estamos surpresos com o interesse da população em abraçar essa causa. Em vários estados e municípios sem banco público simplesmente não tem crédito, nem investimento. Os dados oficiais do Banco Central mostram que os bancos públicos detêm 100% do crédito pra agricultura, pequenas empresas e isso mostra a importância do que é ter bancos públicos. Aqui no Nordeste temos três bancos que realmente fazem a diferença, por chegarem a lugares onde outros bancos não chegam. Por isso defendemos os bancos públicos, que são os responsáveis pela concretização de políticas públicas que geram desenvolvimento para esses municípios”, explicou.
Para o vereador Marcos Henriques (PT-PB), ex-presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, a sociedade tem que questionar quem ganha com a privatização e lembrar a serviço de quem está esse governo golpista. “A primeira atitude desse governo foi congelar os investimentos em saúde e educação, juntamente com o parlamento, e logo depois empurraram goela abaixo a terceirização irrestrita. Em seguida, foi a vez de burlarem os direitos dos trabalhadores com a famigerada reforma trabalhista. Achando pouco, agora querem vender a Amazônia, a Casa da Moeda e as empresas estatais, entre elas os bancos públicos. Por que querem se desfazer do patrimônio do povo brasileiro?”, questionou.
“Não poderíamos deixar de participar desse debate aqui em Monteiro, como fizemos no legislativo municipal de João Pessoa, onde tenho assento e a responsabilidade de discutir com a sociedade sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento do nosso País; afinal, são eles que gerenciam as políticas públicas do país. E quem sai ganhando com essas privatizações? Com certeza, não são os trabalhadores, a maior vítima da ganância dos poderosos”, ressaltou.
O presidente do Sindicato, Marcelo Alves, ressaltou a importância dos bancos públicos como agentes de fomento ao crédito e às políticas sociais, ressaltando a unidade da categoria como sendo decisiva na mobilização em defesa dessas instituições oficiais.
Para ele, a radiografia dos bancos públicos é preocupante “a tentativa do Governo Federal em sucatear, desmontar e até privatizar os bancos públicos impacta de forma drástica todo um conjunto de políticas que fomentam o progresso do país. Dessa forma, a importância de se engajar ainda mais na defesa dessas empresas que são o patrimônio do povo brasileiro. Neste sentido, se faz cada vez mais necessário, o envolvimento da sociedade na luta em defesa dos bancos públicos”, concluiu Marcelo.
